Uma das séries de televisão que faz mais sucesso nos Estados Unidos, House of Cards, não segue o modelo tradicional, aquele em que um único episódio é veiculado por semana, dentro de uma temporada. House of Cards é um seriado que não é transmitido em canal de televisão. É publicado em temporadas, não em episódios, e pode ser assistido em qualquer horário, na televisão, computador, smartphone ou tablet. Para assistir ao programa, você deve assinar o Netflix, um serviço de streaming – algo como assistir a um vídeo no YouTube, mas com muito mais qualidade.
A série conta a história de Francis Underwood (Kevin Spacey), um deputado democrata do Congresso. Ele luta por espaço e poder. Nada muito diferente do que ocorre em qualquer parlamento, tanto no Brasil quanto nos EUA ou em muitos outros países. A atuação dos congressistas é controversa e, sob a nossa óptica, nem sempre ética.
Em geral, os parlamentares, durante grande parte do ano, lutam por recursos – luta que se relaciona pela busca de poder. Talvez mais nos EUA que no Brasil, mas aqui também há constante conflito de pretensões para que se consiga alocar mais recursos escassos em prol de seus próprios interesses. São interesses voltados para as eleições. A intenção é agradar o eleitorado, utilizando recursos, para obter resultados nas urnas.
A alocação de recursos realizada pelos parlamentares não é ruim. É capaz de beneficiar locais do país que jamais seriam beneficiados por programas governamentais. Essa luta por recursos é adequada se resulta bens em favor da população, eleitores ou não. Existem, é claro, efeitos nefastos, como, por exemplo, casos de corrupção, os quais não podem ser tolerados.
De todo modo, House of Cards apresenta, com exagero, como se formam as relações de poder. Negociações, consensos, maiorias e minorias congressuais. Tudo para obtenção de espaço, poder, recursos escassos. Parlamentos funcionam dessa forma e não é muito diferente do que ocorre no Brasil e em outros países.
Recomendo a série de televisão. Cada um tirará suas próprias conclusões sobre o agir congressual. No caso de Frank Underwood, desvios éticos ou práticas de crimes são constantes. Comportamento reprovável. Nem todos os parlamentares, contudo, agem assim. Negociam e formam consensos, o que não observo como defeito.
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