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Nas viagens a outros países, nós, turistas, temos que não apenas apreciar a vista, mas observar como vivem os habitantes locais. Em minha recente ida ao Japão, em julho, notei que os japoneses vivem em uma sociedade organizada, que possui um senso de comunidade diferente de qualquer outra por mim visitada.
Muitas características do Japão causaram boa impressão: o capricho, a limpeza, a organização, o cuidado com o espaço público. É unânime a conclusão sobre esses aspectos por todo viajante ao longínquo oriente. Porém, uma característica que se destacou foi o uso dos meios de pagamento.
Para uma sociedade tecnologicamente evoluída, pensara eu que o Japão seria um grande usuário de novas tecnologias para pagamento de despesas diárias. Em vez de dinheiro, imaginara que os japoneses utilizassem o celular, ou cartões de crédito, todos com chip NFC. Há uso da tecnologia NFC no cartão do metrô, por exemplo (assim como nos ônibus brasileiros), mas não se vai muito além. Poucos restaurantes e só as grandes lojas aceitam cartão de crédito.
Minha pergunta: os japoneses gostam de papel-moeda e moeda metálica? Pesquisei na internet, quando lá estava, se minha suspeita se confirmaria. A realidade: sim, o Japão prefere meios físicos. Como afirma a Bloomberg, “as anyone who has visited Japan knows, cash is still king”.

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Por acreditar no papel-moeda, ou por costume, ou por desconfiança do virtual, o Japão continua fabricando mais moeda física. Segundo a Bloomberg, “more than 101 trillion yen ($966 billion) of cash was circulating at the end of October. It was used for more than 80 percent of transactions by value in 2014”. 80%!

No mesmo sentido mostrou a The Economist que as notas e moedas são extremamente fortes no Japão (abaixo, o gráfico apresenta notas e moedas em circulação em percentuais do PIB).

 

 

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É sempre válido conhecer outras culturas e tentar entendê-las. No quesito monetário, o Japão é uma terra de contrastes: de um lado, tecnologicamente avançado; do outro, ainda usa, principalmente, meios de pagamento físicos.