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E-books representam 3% das vendas da Cultura
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Os livros digitais representaram 3% de todos os livros vendidos pela Livraria Cultura em janeiro, de acordo com o CEO da empresa, Sérgio Herz. Ele participou de uma mesa redonda sobre livros digitais nesta quarta-feira na Campus Party.

Apesar da alta na venda de edições eletrônicas – até o ano passado, só 1% de cada título era vendido em formato digital –, todas as empresas que trabalham com esse mercado ainda perdem dinheiro, afirma ele. “Ninguém está lucrando com o livro digital no Brasil.”

BrenoBaldrati
Painel discute futuro do mercado de livros digitais no país.

A Livraria Cultura lançou em 5 de dezembro do ano passado o leitor digital Kobo, em parceria com a empresa canadense de mesmo nome. No mesmo dia, Google e Amazon iniciaram a venda de e-books no país.

Para Carlo Carrenho, da Publishnews, a data é um marco de um novo ciclo para o país. A grande mudança, no entanto, não está ligada ao leitor se adaptando a ler em e-readers. “A grande questão é de distribuição. Em menos de 60 segundos, qualquer pessoa pode baixar qualquer livro. Pense num leitor no interior do Pará, que agora não precisa esperar uma grande livraria chegar até lá para ler um livro”, diz.

Carrenho acredita que, por enquanto, o mercado de leitores de ebooks será restrito no país. Nos Estados Unidos, esse mercado já mostra queda de vendas. “Os que leem muito já compraram o aparelho. Agora, os livros digitais começam a chegar para quem lê menos. Mas essas pessoas podem optar por ler em um tablet, por exemplo, e não num aparelho dedicado. O brasileiro médio lê dois livros por ano. Ele não vai comprar um e-reader. Não faria sentido. Então o mercado aqui só vai crescer na proporção em que crescer o número de pessoas interessadas em leitura.”

Lojas físicas

Questionado sobre o fechamento de lojas físicas da Barnes & Nobles, maior rede de livrarias dos EUA, o CEO da Livraria Cultura diz que esse é um processo pelo qual estão passando todas as redes varejistas. “Não é uma coisa só de livrarias. Eu acredito que as lojas físicas das livrarias vão continuar a existir. A questão é do varejo, porque cada vez mais as pessoas estão comprando pela internet e têm menos necessidade de ir até uma loja.”

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