A sobrecarga de informação recebida por usuários de internet está mais ligada ao consumo que à produção, afirmou Luli Radfahrer, professor de Comunicação Digital da USP, ontem na Campus Party, em palestra sobre tendências de tecnologia. “É preciso filtrar corretamente a informação que chega até você, porque nos próximos anos isso vai piorar”, afirmou Radfahrer. “A água ainda está na cintura, mas é preciso ser rápido. Caso contrário, a água vai bater na boca, no nariz, na testa e, aí, vai ser tarde demais”, disse o professor, que usou o Facebook como exemplo. “Quando você abre o Facebook e vê a lista de updates inúteis dos seus amigos, precisa configurá-lo para que ele funcione melhor”, aconselhou.
Citando os movimentos Occupy Wall Street e as recentes revoluções no mundo árabe, Radfahrer afirmou que, com a internet e as mídias sociais, o interesse público se tornou ainda mais público. “O que era exclusivo de uma região é cada vez mais universal. O conhecimento está mais fragmentado, e sempre vai haver alguém interessado nesses assuntos”, disse.
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