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Para contribuir nessa abordagem e ajudar a prevenir a violência sexual contra crianças e adolescentes um grupo de jovens paranaenses utiliza, desde 2006, a educomunicação como ferramenta. Eles fazem parte do projeto Navegando nos Direitos, desenvolvido pela Ciranda – Central de Notícias dos Direitos da Infância e da Adolescência, em Paranaguá (PR).

No projeto os jovens aprendem a produzir material informativo, como jornais, e vídeos sobre enfrentamento às violências sexuais contra crianças e adolescentes. Nos materiais eles dão dicas sobre como identificar sinais de abuso, como fazer denúncias, explicam um pouco sobre a rede de proteção e convidam a comunidade para ajudar e combater essa violência, e o melhor é que tudo é construído numa linguagem simples e dinâmica. “O projeto Navegando nos Direitos tem uma linguagem jovem para tratar do tema da violência sexual. Quando o adolescente entende o assunto é mais fácil alcançar outras pessoas, porque o jovem é um bom multiplicador. Além disso o uso de equipamentos como câmera de vídeo nas atividades é muito legal”, comenta Rhuani Vellozo, jovem participante do projeto.

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Além de incentivar os alunos a entenderem essa problemática e envolvê-los no enfrentamento, o projeto também auxilia o trabalho de prevenção das escolas. A diretora do colégio Faria Sobrinho, Mirian Pereira, reconhece que falar sobre violência sexual usando as tecnologias faz muita diferença. “Quando o professor dá uma aula com o quadro e o giz, talvez ele não atinja todos os alunos, porque os jovens de hoje estão na era da tecnologia. Uma aula mais dinâmica e diferenciada traz mil motivos para que eles participem da discussão. Quando o aluno arregaça as mangas e vai para a prática tudo funciona melhor, o aprendizado e o resultado são sempre melhores quando o aluno aplica o que está aprendendo, que no caso é possível com as ações incentivadas pelo projeto.”

O projeto Navegando nos Direitos é patrocinado pela Petrobras e atua com um grupo de 20 jovens, representantes de cinco escolas da rede estadual de ensino de Paranaguá. Os jovens recebem formação em educomunicação e enfrentamento às violências sexuais e multiplicam as experiências na escola e na comunidade, construindo jornais, vídeos e diversos materiais de comunicação.

Os professores dos colégios envolvidos também recebem formação sobre educomunicação e enfrentamento às violências sexuais. A proposta é que a educomunicação seja uma constante aliada na abordagem dessa temática em sala de aula.

>> Artigo escrito pela Central de Notícias do Direitos da Infância e Adolescência – Ciranda.
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