Muito tem se falado sobre o impressionante poder das novas ferramentas de IA (Inteligência Artificial), como o ChatGPT e o Midjourney. Com versões cada vez mais avançadas e capazes de gerar conteúdos de texto e imagem que mesmo outras ferramentas são incapazes de reconhecer como falsos ou manipulados, é natural que professores, pedagogos e pais com filhos em idade escolar estejam preocupados a respeito de como os estudantes estão fazendo uso dessas ferramentas. Mas será que a única forma de usar a IA na escola é fabricando trabalhos prontos e burlando a lição de casa?
Um levantamento realizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) mostra, inclusive, que as tecnologias educacionais baseadas em IA devem fazer parte do dia a dia escolar até 2030. O estudo conta com dado e opiniões de diversos especialistas, que apontam que a aprendizagem mediada pela tecnologia é uma tendência praticamente inescapável, por mais que haja receio e resistência por parte de diversos atores da educação.
É preciso entender que essas ferramentas nada mais são do que novos meios de produzir e transmitir informação, conteúdo e entretenimento: ou seja, são novas mídias. E como toda nova mídia, trazem tanto novas possibilidades, quanto desafios. Se por um lado é possível pedir à IA que produza uma redação sobre determinado assunto, na tentativa de se livrar do dever de casa, por outro é possível pedir a ela que ela ajude a otimizar processos operacionais, para que possamos investir nossa energia, como alunos e professores, naquilo que demanda mais da nossa criatividade, do nosso olhar apurado, sensível e crítico.
A melhor forma de lidar com a Inteligência Artificial não é ignorá-la ou proibir o acesso a ela, mas desenvolver habilidades que nos ajudem a entender o que ela é, o que ela faz e como podemos usá-la de forma consciente e responsável. Afinal, ninguém espera que um aluno faça uma pesquisa escolar na enciclopédia Barsa empoeirada da biblioteca em 2023 sendo que o conhecimento (muito mais atualizado, diga-se de passagem) está disponível a um clique, não é mesmo?
A Alfabetização Midiática e Informacional (AMI) é o campo de estudo que auxilia os educadores a lidarem com essas e outras questões cada vez mais presentes na realidade escolar. As habilidades relacionadas a ela permeiam todos os níveis de ensino e áreas do conhecimento e podem auxiliar os professores a enfrentarem esses e outros desafios, além de contribuir para as discussões acerca do uso das novas tecnologias, tanto no ensino quanto no mercado de trabalho.
E não podemos esquecer que os desafios são ainda maiores na Educação Pública. Por isso é importante que os professores possam contar com o apoio do Projeto Ler e Pensar, do Instituto GRPCom e da Gazeta do Povo, que oferece formações, cursos e materiais de apoio pedagógico, de forma 100% gratuita, para professores, pedagogos e gestores escolares de todo o Brasil. O Projeto incentiva e orienta para o uso pedagógico das mídias, além de manter os professores ligados nas tendências e informados sobre os assuntos do momento.
As inscrições para o Ler e Pensar estão abertas até 30 de abril e podem ser realizadas pelo site www.lerepensar.com.br/inscricao. Saiba tudo sobre o projeto acessando a Trilha do Ler e Pensar no site.
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