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Ano Novo, atitude nova

 

20140204 - Ana GabrielaIndicador de Alfabetismo Funcional (Inaf): apenas 35% dos jovens que concluem o Ensino Médio estão plenamente alfabetizados.

Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa): Brasil em 58º lugar, à frente apenas de outros sete dos sessenta e cinco países avaliados.

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb): número expressivo de escolas que não conseguem atingir as metas e ficam abaixo da projeção no Ensino Fundamental.

Cenário caótico e desmotivador, certo? Errado! Se Rondha Byrne autora do livro “O Segredo” – que defende a lei da atração – pudesse comentar esses dados, certamente diria que coisas ruins atraem mais coisas ruins e que é preciso mudar a forma de pensar e de agir. Talvez essa não seja a melhor referência, mas ao menos ilustra bem as reflexões desse post.  É muito ruim quando a sensação de caos e pessimismo domina a opinião pública e quando as pessoas passam a desacreditar que é possível mudar.

O cenário pode não ser dos mais animadores, mas ficar lamentando o que passou, definitivamente não vai mudar nada. O título “Ano novo, atitude nova” foi pensado como um convite para você que está lendo esse post, seja da área de educação, comunicação, ou apenas simpatizante desse espaço, repensar o que pode fazer de diferente em 2014.

Um ótimo começo é aproveitar o planejamento de início de ano para incluir coisas novas em objetivos e ações. Comunicar e educar de um jeito diferente, que motive os seus interlocutores, que os faça pensar, agir e acreditar na mudança pode ser o início de uma transformação maior.

Já é hora de dar um basta, de deixar a passividade e o comodismo de lado e jogar fora certas crenças que não levam a lugar algum. Crenças como “a juventude está perdida”, “a sociedade é individualista”, “política é coisa de bandido”, entre outras, devem ser o gatilho para mudança de atitude, pois a realidade não precisa ser essa.

Cito dois capítulos do livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire, pois são muito aderentes a esse texto. O capítulo Ensinar exige alegria e esperança diz que todos temos direito à raiva, indignação e desânimo, mas devemos usar esses sentimentos como propulsores de mudanças. Já no capítulo Ensinar exige convicção de que a mudança é possível, Paulo Freire afirma que “o mundo não é, o mundo está sendo”. E se está sendo, pode ser mudado.

Pense nisso, leia coisas novas, mude o trajeto para o trabalho, converse com pessoas diferentes, vá a lugares que nunca foi. Na escola, inove na preparação das aulas e comunique de forma diferente. O verbo do momento é: EXPERIMENTAR. Você pode se surpreender com os resultados e com a sua própria motivação para o trabalho e para a vida. Que 2014 seja um ano para realmente colocarmos energia e motivação para concretizar nossos sonhos e planos. Um novo ciclo repleto de atitudes e resultados inovadores.

Boa sorte!

>>Ana Gabriela Simões Borges é pedagoga e mestre em Educação. Tem mais de dez anos de experiência em projetos de Educação e Comunicação e, atualmente, responde pela gerência do Instituto GRPCOM.

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