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O Brasil passa por uma época de muitas mudanças legislativas, como da Reforma Trabalhista, e também por grandes debates sobre a necessidade de reformas como a da Previdência, a Fiscal, a Política e a Criminal. Em um período de incertezas e de poucos avanços efetivos, tudo indica que o grande desafio das mudanças ficará a cargo da nova geração de advogados. Um futuro promissor do ponto de vista das oportunidades profissionais aos jovens, mas muito desafiador, considerando o atual mercado do operador do direito.

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Hoje, há um inchaço de oferta de cursos de Direito no país, que atualmente conta com mais de 1.400 cursos, totalizando um número de aproximadamente 850.000 alunos e o impressionante resultado de mais de 1 milhão de advogados ativos no país. Isso geraria um mercado saturado? Não seria mais a carreira jurídica uma das mais rentáveis financeiramente? Sinceramente acredito que para o aluno/advogado/operador do direito médio, sim, é um mercado saturado.

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Contudo, é inegável a necessidade inerente do estudo do Direito como uma ciência capaz de proporcionar mecanismos para as reformas legislativas que o Brasil possui. Sem profissionais habilitados para a análise do processo legislativo e o estudo das melhores alternativas e propostas para reformas, ficaremos apenas como passageiros dos encaminhamentos e desvios políticos brasileiros.

 

Sendo assim, o aluno de Direito que frente a esta situação de inchaço no mercado de trabalho não buscar o seu diferencial competitivo já ao longo da faculdade estará fadado a conviver com falta de emprego e oportunidades, honorários aviltantes e acabará por exercer funções fora a da sua formação.

 

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Para evitar isso, devem-se buscar oportunidades e vivências diferenciadas que demandem a aplicação da variedade de experiências práticas em detrimento de estágios únicos, uma formação mais ampla e abrangente que englobe os novos direitos, a visão empreendedora e a mudança de mindset dos acadêmicos.

 

Temos algumas experiências inovadoras relacionadas à formação do profissional do direito que têm apresentado um novo horizonte profissional. Na FAE Centro Universitário, por exemplo, há o programa de ensino FAE Law Experience, que proporciona aos alunos experiências jurídicas em tempo integral. A ideia é fazer com que o aluno, além de estudar os conteúdos da matriz curricular, tenha a oportunidade de desenvolver atividades práticas, com vivência real de mercado, no contraturno.

 

Além disso, o programa vai ao encontro daquilo que o mercado procura como diferencial: profissionais multifacetados, com diferentes habilidades que complementem o conhecimento jurídico e permitam um pensamento criativo e inovador bem como uma atitude empreendedora.

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Essas são algumas das habilidades que certamente farão toda a diferença, principalmente em uma sociedade cada vez mais tecnológica e que apresenta novos desafios ao profissional do direito, como o crescimento da inteligência artificial e a possibilidade de substituição do trabalho de advogados e juízes; a evolução dos novos negócios mais rápidos, menos burocráticos e disruptivos; além das novas relações de emprego.

 

*Karlo Messa Vettorazzi é mestre em Direito Socioambiental pela PUC-PR, professor e coordenador do curso de Direito e do Programa FAE Law Experience da FAE Centro Universitário. A instituição é associada ao Sindicato das Escolas Particulares do Paraná – Sinepe/PR. O SINEPE é colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.  

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