Tolerância, acolhimento, respeito. Esses valores, fundamentais nos tempos de hoje, são trabalhados de forma prática no Colégio Sion. Um exemplo é a celebração do Yom HaShoá – dia para recordar as vítimas do regime nazista – que acontece anualmente e mobiliza toda a escola.
Desde 2009, após uma reunião da Congregação de Nossa Senhora de Sion, em Paris, ficou estabelecido que, onde houvesse Sion, a lembrança da Shoá – extermínio – seria mantida. Então, mais uma vez, todos ouviram o som de uma sirene. Alunos, professores e funcionários permanecem em pé, em sinal de respeito, por dois minutos no mais absoluto silêncio. Além deste ato tão significativo, fazemos atividades em sala de aula para mo strar melhor o que realmente aconteceu e fazer o resgate dessa memória. Antes mesmo do Yom HaShoá acontecer, os alunos conversaram sobre o tema e participaram de atividades propostas pelos professores. Este ano, por exemplo, os alunos do Ensino Médio da sede Solitude visitaram o Museu do Holocausto. No Ensino Fundamental também aconteceram atividades que vão desde textos escritos para expressar respeito e entendimento pelo que houve, até rodas de conversas, leituras de livros, entre outros. Percebemos que a cada ano, o envolvimento das pessoas dentro do Colégio é maior, e a consciência de ficar vigilante e acompanhar a ação de nossos líderes também.
Essa data lembra não só as vítimas do regime, mas também aqueles que se opuseram ao sistema, arriscando-se para salvar os que sofriam perseguição. É também uma maneira de aproximar as comunidades católicas e judaicas e discutir questões relacionadas ao respeito e à discriminação. Não é um ato apenas religioso. Ele vai além e, para nós, tem relação com as minorias, com tudo o que é diferente. Hoje as pessoas não reagem mais ao que é errado e essa realidade precisa mudar. Não podemos aceitar a intolerância, a violência.
A Segunda Guerra Mundial deixou marcas em diversos povos e mais de 6 milhões de judeus, vítimas do nazismo, morreram entre 1939 e 1945. Lembrar o que aconteceu é uma forma de não deixar que isso ocorra novamente. A orientação do Museu do Holocausto de Curitiba é que o dia sirva não só para lembrar as atrocidades, mas também o cotidiano dessas pessoas, que se assemelha muito ao que temos hoje, e como o regime nazista mudou drasticamente a realidade delas.
*Artigo escrito Maurício Locatelli, coordenador da Pastoral e dos Associados de Sion no Brasil. Ele também é professor no Colégio Nossa Senhora de Sion. O Colégio Sion colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.
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