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(Foto: Divulgação)

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Qual a importância de uma marca? Por marca, não quero dizer apenas um logo, mas sim algo mais amplo, que envolve credibilidade, rede de suporte e captação de recursos. Muitos se questionam sobre a real relevância da marca para a rotina de trabalho, não é? Neste artigo, ilustro o impacto dela dentro do nicho das escolas e instituições filantrópicas para pessoas com deficiência.

A marca cumpre algumas funções. Uma delas é cativar potenciais clientes e pessoas interessadas em ajudar as organizações. Isso porque é a marca que gera a primeira impressão da instituição na pessoa que a observa, que deixa transparecer a missão, os valores e a essência da organização. Tudo que uma organização realiza fica intrinsicamente associado à sua marca – sejam feitos bons ou ruins –, por isso é extremamente importante prezar por uma atuação que nunca prejudique essa imagem. Pode-se levar muitos anos, com uma série de ações que exigem dinheiro e planejamento, para reconquistar a credibilidade do público.

Outro ponto importante é que a marca facilita o caminho para captação de recursos, na medida em que se consolida, assim como influencia na celebração de parcerias, seja de maneira passiva, quando investidores e parceiros procuram a instituição, ou por meio de uma busca ativa, quando o contrário acontece. Sendo assim, a marca, além de ser um meio de tornar a instituição conhecida e procurada, atrai e ajuda na captação de recursos, e isso possibilita gerar mais impacto social.

Eu te pergunto: quantas escolas e instituições filantrópicas de atendimento a pessoas com deficiência de Curitiba e Região Metropolitana você conhece? A maioria das pessoas se lembra de, no máximo, cinco ou seis. No entanto, existem mais 40! E quais delas você acredita que são reconhecidas por gerar alto impacto social? Agora, pense, por que elas são reconhecidas? Com certeza está relacionado à afinidade que a marca constrói entre a organização e o público em geral, aos resultados que apresenta e à rede de suporte de seu trabalho – investidores, parceiros, fornecedores e beneficiários.

Isso não quer dizer que as escolas e instituições menores não apresentem resultados ou que sejam piores. Na verdade, todas elas são excelentes e executam um trabalho fora de série, porém, a falta de “marca” limita seu potencial de atuação, com impacto indireto na qualidade de ensino e no número de vagas ofertadas.

No trabalho da ASID Brasil, organização da qual sou co-fundador e diretor de Marketing, junto a instituições para pessoas com deficiência, vemos que, por se tratar de uma disciplina específica, o Marketing não é prioridade. Mas, aquelas escolas e instituições que já perceberam a relevância dele, saíram na frente com um diferencial tangível. Não precisa de grandes investimentos. As instituições podem começar com ações simples, como eventos e apresentação de resultados. Isso só se reverterá em benefícios para a escola e, principalmente, para seus beneficiários.

*Artigo escrito por Luiz Hamilton Ribas, diretor de Marketing e um dos fundadores da  Ação Social para Igualdade das Diferenças –  ASID, organização social que trabalha para melhorar a gestão das escolas de educação especial gratuitas, resultando na melhoria da qualidade do ensino e na abertura de vagas no sistema. A ASID colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.

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