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No dia 28 de abril do ano 2000, líderes de centenas de países, incluindo o Brasil, reuniram-se no Fórum Mundial da Educação realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Na ocasião, essas lideranças assumiram o compromisso de garantir o desenvolvimento da educação no mundo. Nasceu, então, o Dia da Educação. Até rimou...
Muitos índices educacionais avançaram nesses 22 anos. No entanto, infelizmente, tivemos que lidar com uma pandemia no meio de tudo isso. Durante os quase dois anos que ficamos praticamente sem aulas presenciais no Brasil, o retrocesso foi grande. Há estudos, como os da Unicef, que mostram o impacto da pandemia na educação e indicam que precisaremos trabalhar duro para combater os efeitos que atingiram mais de 600 milhões de estudantes em todo o mundo.
Professores e gestores escolares se deparam, hoje, com estes e outros enormes desafios no retorno às aulas: turmas extremamente heterogêneas em termos de conhecimento/habilidades, conteúdos atrasados, infraestrutura física e tecnológica muitas vezes inapropriada, questões socioemocionais complicadas e muita, mas muuuuita dificuldade com a alfabetização e as operações matemáticas básicas. E todos sabemos que, sem o básico, a educação de qualidade que tanto sonhamos e pela qual trabalhamos fica extremamente comprometida. Isso sem falar do Novo Ensino Médio, que está em vias de implementação em meio a uma evasão escolar assustadora, e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que está começando a sair do papel agora.
Nesta semana em que celebramos o Dia da Educação, minha provocação aos leitores desse texto é: precisamos pensar e falar sobre isso! Precisamos entender que não é apenas um problema do governo ou das escolas em que nossas crianças e jovens estudam – é um problema de todos nós. Se não agirmos, não participarmos, não acompanharmos nossos estudantes e não ajudarmos a escola, não teremos nada a celebrar neste dia 28 de abril e nem nos próximos anos.
Foi por esse motivo, que a equipe do Instituto GRPCOM preparou a Semana da Educação: para debater, com grandes especialistas, temas que são sensíveis e essenciais para a superação dos desafios que comentei aqui. E você também pode contribuir! Conhece alguma criança que não está frequentando a escola? Encaminhe. Pode ajudar um estudante com aulas de reforço? Faça isso. E uma coisa que você pode fazer agora, é se inscrever para participar desse evento gratuitamente, ficar por dentro do momento educacional que estamos vivendo e ser um agente de transformação. Não podemos sufocar por nem mais um dia a esperança de milhares de brasileiros por uma educação de qualidade, e, consequentemente, por uma sociedade melhor.
Texto escrito por: Ana Gabriela Simões Borges: Pedagoga, Doutora em Educação, Educomunicadora, Especialista em Organização do Trabalho Pedagógico, Colunista no jornal Gazeta do Povo e Superintendente do Instituto GRPCOM