O atual cenário universitário se caracteriza por jovens que pertencem a uma geração de nativos digitais, público que nasceu pós intensificação do uso da internet. A multiplicação do uso de tecnologias, por exemplo, software, dispositivos móveis, AVA e livros digitais, mais esclarecem os motivos e propósitos, que justificam a inclusão da tecnologia na educação, uma vez que sua utilização viabiliza e oportuniza mecanismos de acesso a uma série de vantagens e benefícios que contribuem para melhorar, aperfeiçoar e aumentar a produtividade das aulas do ensino superior.
O uso da internet via dispositivos móveis cada vez mais intuitivos, vem promovendo uma mudança no paradigma do uso das tecnologias. Essas mudanças estão cada vez mais presentes nas instituições de ensino superior, nas quais o uso da rede mundial possibilita a realização de atividades interativas, com maior engajamento e participação dos alunos, buscando despertar a curiosidade para promover soluções criativas e inovadoras a serem utilizadas no mercado de trabalho empresarial e industrial. Porém, não se pode pensar que esses processos são novos, de fato, a tecnologia tem ajudado professores e alunos em seu cotidiano há vários anos. Processadores de texto, calculadoras, impressoras e computadores são usados há décadas para as mais diversas atividades acadêmicas.
Agora, com a tecnologia móvel em expansão, percebemos e reconhecemos a cada dia que novos elementos tecnológicos são incorporados ao ambiente educacional. Metologias para aulas interativas, são algumas das maneiras pelas quais a tecnologia digital se integrou na perspectiva educacional, ou seja, o constante desenvolvimento da web e das redes sociais incentiva os universitários a se expressarem e a se relacionarem virtualmente com outros colegas de turma, permitindo que eles aprendam interativamente.
Vivemos uma época de grandes transformações e oportunidades. O ensino superior está intensificando o uso de tecnologias para aprimorar o acesso à educação e oportunizar um conhecimento atualizado que visa estimular e desenvolver as habilidades e competências de acadêmicos, que buscam soluções integradas e inteligentes no mercado de trabalho. Além disso, o ensino superior contemporâneo está usando a “nuvem inteligente” para oferecer experiências de aprendizagem altamente personalizadas com o objetivo de ajudar na melhoria da qualidade do ensino.
Em função da facilidade de compartilhamento de conteúdos é possível aproveitar as amplas possibilidades da web para fornecer livros eletrônicos e interativos e realizar atividades práticas, minimizando custos e permitindo acesso a livros que não seriam encontrados em seu país, sem precisar sair de casa ou da sua instituição de ensino.
A tecnologia no espaço educacional permite o uso de ferramentas mais interativas e que provocam uma nova forma de participação e rápida troca de informações na esfera acadêmica. Para além disso, as redes sociais permitem compartilhar pontos de vista e debater ideias que possibilitem o desenvolvimento de um pensamento crítico, a partir da diversidade de opiniões.
No plano docente, os avanços tecnológicos, se bem utilizados, podem tornar seu trabalho mais atraente e mais eficiente. No geral, inúmeras atividades que fazem parte da rotina diária dos professores, podem ser otimizadas com a ajuda de aplicativos e dispositivos de informática, permitindo que eles utilizem mais tempo em seu próprio treinamento, o que no médio prazo trará benefícios para o professor e também para seus alunos.
A flexibilidade e adaptabilidade da tecnologia nos ambientes educacionais fazem com que os ganhos sejam para todos. Como os universitários têm ritmos diferentes de aprendizagem, o uso da tecnologia permite que os mais talentosos tenham acesso a conteúdos adicionais disponíveis, e para aqueles que precisam de auxílio, é permitido o uso de materiais de apoio, para reforçar o que aprendem nas aulas.
Em suma, o que se verifica é que cada vez mais se torna impossível um processo educacional sem uso intensivo da tecnologia. Essa união, que já se tornou pública, mas ainda oscila, tende a ser contínua e duradoura.
*Texto escrito por: Jussara Fidelis, avaliadora ad hoc do Ensino Superior para cursos de Graduação (modalidade: presencial e EAD) do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), doutoranda em Ciências da Educação na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Mestre em Gestão, pós-graduada em Gestão Estratégica de Pessoas, graduada Administração e atua como analista técnico sênior da Gerência de Educação Superior do Sistema Fiep.
**Quer saber mais sobre educação, cidadania, responsabilidade social, sustentabilidade e terceiro setor? Acesse nosso site! Acompanhe o Instituto GRPCOM também no Facebook: InstitutoGrpcom, Twitter: @InstitutoGRPCOM e Instagram: instagram.com/institutogrpcom
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS