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Se você é pai, mãe, professor ou professora, ou trabalha com educação de um modo geral, sabe que esse é um tema recorrente nas mais variadas instâncias, desde os fóruns internacionais com especialistas renomados até o grupo de WhatsApp dos pais. Mas afinal, o que é essa tal Educação Inclusiva?
Para começar, é preciso esclarecer a dúvida que dá título a este texto: não, Educação Inclusiva não é só um novo nome para a Educação Especial. Cada termo se refere a um sistema pedagógico diferente, com objetivos e estratégias distintos, mas que não deixam de ser complementares.
Vamos começar pelo mais conhecido, a Educação Especial. Esse movimento começou por volta da década de 1960, mas o termo ganhou mais força em meados dos anos 90, através de movimentos sociais que defendiam os direitos das pessoas com deficiência. O objetivo desse sistema é garantir que os alunos que possuem algum tipo de deficiência (seja física ou neurológica), transtorno cognitivo ou de desenvolvimento, ou ainda altas habilidades/superdotação, tenham o mesmo acesso à educação que qualquer outra criança. E quando falamos em acesso, estamos pensando desde a rampa ou elevador que possibilita ao aluno cadeirante acessar o espaço físico da escola até o acesso ao conhecimento em si, através do uso de estratégias pedagógicas pensadas para aquele aluno chamado de “especial”.
Hoje em dia, não se fala mais em alunos especiais. Não é que a palavra “especial” tenha necessariamente uma conotação ruim, mas de certa forma criava um estigma para o aluno, que muitas vezes se via colocado em uma posição de contraste com os colegas considerados “normais”. Por isso, ao longo dos últimos anos esse termo foi substituído por outros, como aluno PCD (pessoa com deficiência) ou neuroatípico/neurodivergente (que tem seu desenvolvimento neuropsiquiátrico diferente do considerado comum pela sociedade).
Embora a Educação Especial tenha sido um passo muito importante, ela deixava algumas situações de lado, como casos que não envolviam necessidades especiais de acesso, mas também geravam casos de exclusão dentro do sistema de ensino.
Um exemplo são os alunos refugiados, que podem ser neurotípicos (ou seja, pessoas que não apresentam alterações neurológicas), mas mesmo assim exigem um grau de adaptação por parte do educador; seja por não dominarem totalmente o idioma, por terem uma cultura diferente ou mesmo por terem passado muito tempo fora da escola, o que leva a uma distorção na questão idade/série.
Outro exemplo são alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos) que, por estarem em outra fase da vida, também precisam de uma estratégia de ensino diferente. Mesmo os alunos que retornaram à sala de aula após a pandemia de Covid-19 podem precisar de algum tipo de adaptação, caso tenham interrompido os estudos, passado por traumas ou mudanças drásticas no âmbito familiar, etc.
Viu como, apesar de ter sido um passo importante, não basta termos uma Educação Especial? É por isso que surgiu o movimento que defende uma Educação Inclusiva, que seja adaptável e acolha os mais diversos tipos de alunos, para garantir que todos tenham, de fato, acesso ao ensino. Justamente por isso ela não é uma forma específica de ensinar ou uma metodologia, mas uma nova maneira de olhar para a Educação como um todo.
É claro que os desafios são enormes, especialmente para os professores. Por isso é muito importante investir em formação e desenvolvimento, afinal a Educação Inclusiva não é uma fórmula pronta, somos nós que vamos construi-la daqui em diante.
Se você é professor, pedagogo ou atua na Rede Pública de Ensino e quer fazer parte desse movimento, pode começar com o curso “Educação Inclusiva: superando os desafios de aprendizagem”, uma formação 100% gratuita com 25h de certificação emitida pela Universidade Tuiuti do Paraná. O curso é exclusivo para profissionais da educação inscritos nos projetos do Instituto GRPCOM, o Televisando (em parceria com a RPC) e o Ler e Pensar, em parceria com a Gazeta do Povo, que está reabrindo as inscrições por tempo limitado, apenas até o dia 31/07.
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