Entender os sinais e as forças que estão modelando o mundo é tarefa essencial para se preparar para uma educação significativa no futuro. Um estudo denominado zeitgeist, realizado em 2018 em colaboração entre AFFERO Lab, o Futuro das Coisas e Torus, ajuda a compreender esses sinais e a traçar as perspectivas.
Segundo esse estudo, o mundo será um lugar mais aberto e estamos dando os primeiros passos em direção a um futuro mais inclusivo e equitativo.
Entretanto, se desejamos acelerar em direção ao futuro é necessário compreender este mundo de volatilidade, imprevisibilidade, complexidade e ambiguidade, o qual exige do ser humano habilidades como flexibilidade, adaptabilidade, resiliência e a capacidade de aprender a aprender, desaprender e reaprender.
Nesse sentido, para preparar esse ser humano com essas habilidades é preciso repensar as práticas educativas. É necessário, também, criar espaços de aprendizagem que proporcionem experiências de sentido aos estudantes, para que sejam protagonistas de suas aprendizagens por meio da colaboração em equipe, que aprendam dialogar, analisar, interpretar, conhecer, sentir, criar, falhar, ajustar e argumentar com vistas a resolução de desafios reais.
Essa prática já é adotada por algumas escolas no Brasil, onde os estudantes são protagonistas de sua aprendizagem e em grupo dialogam, pesquisam, criam soluções para resolver os desafios de cada segmento. Outro diferencial são as escolas que optam pela interseriação que favorece a partilha de experiências e o convívio com colegas diferentes com estilos e ritmos de aprendizagem distintos. As aprendizagens dos estudantes ocorrem a partir do exercício da autonomia, autoconhecimento e controle, empatia, cooperação, autogestão, pensamento científico, crítico e criativo, argumentação e cultura digital, que são as competências gerais da Base Nacional Comum Curricular. Esse exemplo evidencia no presente, o que o estudo zeitgeist compartilhou sobre o “futuro da aprendizagem que será, ao mesmo, tempo tecnológico e afetivo, descentralizado e dialógico”
A aprendizagem deixa de ser uma etapa da vida para ser uma necessidade contínua, a inteligência artificial como uma ferramenta para processar dados, diagnósticos contribuindo para personalização da aprendizagem, essa vai além dos limites das salas de aula incluindo plataformas acessadas de maneira não linear, além de novas tecnologias de conexão homem máquina, gamificação, ludicidade, design, resgate da humanização tornando nossos valores, sentimentos e emoções fundamentais no processo de aprendizagem.
A partir dessas experiências o estudo evidencia que as pessoas que assumem riscos ponderados, persistem na solução de problemas, abraçam a colaboração e os processos criativos, serão os inovadores, educadores, líderes e aprendizes do presente, prototipando caminhos e tomando decisões.
*Fabiane Franciscone, Pedagoga, Mestre e Doutora em Educação, é Gerente de Educação Básica e Continuada do Sistema FIEP. A profissional colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.
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