Educar atualmente se tornou uma tarefa árdua para professores, coordenadores, diretores, pais, enfim, para todos os envolvidos na gestão educacional. Como educar de forma coerente, eficaz e assertiva nossas crianças, adolescentes e jovens? Numa sociedade tecnológica, competitiva e globalizada, muitos desafios são postos à escola, e precisamos buscar soluções rápidas, assim como é a velocidade com que a tecnologia se transforma.
No contexto atual, parece que vivemos um colapso: violência no trânsito, assaltos e brigas; corrupção política; guerras envolvendo conflitos religiosos. Esta situação reflete questões que degeneram o ser humano. Por isso, a escola precisa ter um currículo adaptado e flexível para atender às demandas da atualidade, abrindo ao debate e à pesquisa tais questões, de modo a preparar os estudantes para a vida em todas as dimensões: física, psicológica, social e acadêmica, ou seja, propiciar a eles formação integral que é direito de todos, conforme prescreve a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Somente desenvolvendo tais dimensões, aliadas também à tecnologia, teremos uma formação viável e emancipadora aos sujeitos da geração atual, possibilitando a eles conseguir dar conta dos desafios contemporâneos e daqueles que estão por vir e, desta maneira, serem sujeitos autônomos, críticos e capazes de transformar a sociedade em que vivem.
Portanto, a educação deve ser holística e constituída por valores que promovam a reflexão crítica no ensino-aprendizagem, de forma totalizante e não fragmentada; assim, esta fará a diferença na formação de nossos estudantes. É preciso que ocorra uma educação básica para a vida a qual os ajudarão a ser sujeitos com caráter e discernimento, sujeitos reflexivos, éticos e solidários, contribuindo, de forma eficaz, para a sociedade na qual essas crianças e jovens estão inseridos, ou seja, por meio de uma educação transformadora.
Não basta apenas uma educação determinada por lei, é preciso algo a mais, que seja significativo na formação das crianças, como enfatizou, em 1817 o Pe. Marcelino Champagnat, fundador do Instituto Marista: “Será necessário formar bons cristãos e virtuosos cidadãos”.
Essa frase de Champagnat exemplifica bem do que precisamos na atualidade, diante dos desafios nacionais e mundiais. Se as escolas conseguirem formar virtuosos cidadãos, teremos, com certeza, uma sociedade mais justa e fraterna e sujeitos transformadores que solucionem ou minimizem as mazelas sociais.
Para esse cidadão virtuoso, destaco o espaço e tempo necessários nas escolas para o desenvolvimento do esporte, do brincar, da socialização, do divertimento, da autonomia, da pesquisa e do debate. A educação vai além de um currículo tradicional e que fuja da grade curricular padronizada; aponta para uma educação possível, se acreditarmos e a construirmos com base em valores humanos. Somente desta maneira ela será transformadora e emancipadora dos sujeitos contemporâneos.
*Artigo escrito por Aldivina Américo de Lima. Diretora Educacional do Colégio Marista de Goiânia, da Rede de Colégios do Grupo Marista, pedagoga, psicopedagoga e mestre em educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) – PR. O Grupo Marista é colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.
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