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Estamos vivendo intensamente a era da informação e da revolução tecnológica no que se refere à forma como as instituições de ensino se organizam e se moldam em função das mudanças que ocorrem, em tempo recorde, nas diversas formas de ofertas dos seus produtos ou serviços educacionais.  Porém, é de grande importância que essas organizações se preocupem, também, em oferecer atrativos que estimulem seus professores, coordenadores e gestores a continuarem se empenhando e oferecendo qualidade, em todos os níveis, aos seus alunos e à toda comunidade escolar.

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É possível perceber que muitas escolas, faculdades e universidades, focam grande energia em seus players, analisando preços, processos e inovações, mas esquecem de ter um olhar atento, na mesma intensidade, para os seus colaboradores, para o capital humano das suas instituições. E isso faz com que, inevitavelmente, ocorram reflexos em termos de desempenho e atitudes, as quais acabam respingando no desenvolvimento e sucesso da organização.

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Sempre me agradou pensar estrategicamente que uma instituição de ensino sai do seu presente (missão) e busca seu futuro (visão) por meio de uma forma de trabalho com ingredientes especiais (valores). E ainda, a missão e os valores devem estar em perfeita sintonia. Se os três conceitos não se complementam, ou não fazem sentido no ambiente da empresa, algo precisa ser repensado.

 

Outro framework incrível, e que funciona muito bem para extrair o máximo proveito da cultura de uma empresa para a implantação de novas estratégias em tempos exponenciais, é o Círculo Dourado, proposto pelo britânico Simon Sinek, que ajuda as organizações a conseguirem resultados que extrapolam as suas expectativas e metas a serem atingidas. Steve Jobs, por exemplo, foi um líder estrategista que usou e abusou das perguntas: O Que? Como? Por que? A partir das quais ele inspirou os colaboradores da Apple a superarem todos os limites e exigências disruptivas da sua mente incomum, fazendo com que os objetivos desse incomparável negócio chamado Apple não apenas vendesse um iPod ou um iPhone para qualquer pessoas, mas sim, para aquelas que começaram a acreditar naquilo que o próprio Jobs acreditava, naquilo que era (e ainda é) o DNA da organização: as pessoas não compram algo da Apple simplesmente porque ela o faz, mas porque ela faz o que faz… Ou seja, há um propósito como pano de fundo sustentando todos os elementos e procedimentos da empresa.

 

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Sabe-se que a cultura e a gestão de muitas instituições de ensino do século XXI carregam consigo muitos traços e características de suas correspondentes de tempos atrás, tais como: qualidade dos seus serviços educacionais, compromisso com a tradição dos seus processos e encaminhamentos, preocupação com o comportamento organizacional e mentalidade de inovação. Porém, os processos e tecnologias dessas instituições se tornaram parte de um ciclo de descobertas, renovação e obsolescência de forma cada vez mais acelerada. Além de notáveis transformações no escopo das operações, o ambiente, no qual esses ecossistemas educacionais operam, tem sofrido muitas mudanças.

 

Diante desse cenário, é possível compreender que os agentes externos exigem de todas as organizações um olhar atento a alguns elementos que alteram de forma contundente o seu ritmo, a sua estratégia e a mudança de mindset: a crescente globalização da economia mundial, as incertezas do mundo V.U.C.A. (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo), o desafio competitivo de empresas emergentes, o surgimento de startups e outras estruturas enxutas e a crescente inovação evolutiva da tecnologia.

 

E esse ponto de vista converge totalmente com o que já foi dito pelo Marc Benioff, CEO da Salesforce: “a inovação é um processo contínuo. Você tem que pensar sobre como o mundo está evoluindo, se transformando, e como devemos acompanhar esse processo”.

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Portanto, aí está uma grande dica: pensar, evoluir, transformar e acompanhar. Estou certo de que esses são ótimos insights para superar desafios e explorar oportunidades no que se refere às práticas e processos de gestão educacional.

 

É certo que manter equipes e colaboradores sintonizados em prol de um mesmo objetivo não é tarefa fácil. Determinar a direção que você quer seguir com os esforços necessários para a gestão eficaz é apenas o começo. Para trabalhar com mais produtividade e efetividade, faz-se necessário o uso de ferramentas de gestão modernas, práticas e livres de engessamento. Porém, acima de tudo, as instituições de ensino precisam de lideranças que inspirem, que naturalmente façam com que os seus professores e funcionários façam tudo aquilo que precisa ser feito, mesmo que não seja explicitamente solicitado para fazer. E o fazem simplesmente porque há um propósito, um valor, uma clara visão e uma nobre missão.

 

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Naquilo que podemos notar de forma bem clara nos dias de hoje, inúmeros Colégios e Instituições de Ensino Superior do nosso país, trabalham e agem de maneira diferente em relação ao seu próprio desempenho pedagógico e financeiro. E estes, dependem da combinação de alguns fatores extremamente críticos: estratégia, tecnologia, desenho e cultura organizacional, além do principal: o talento humano. Fazendo-se uma releitura desses ingredientes para algo que acredito ser o cerne de uma gestão estratégica para resultados efetivos, creio que a C.H.A.V.E. continua sendo um infalível algoritmo para as organizações educacionais do presente e do futuro: competência, habilidade, atitude, valores e ética.

 

Vamos em frente e sigamos firmes em busca dos melhores caminhos para que possamos entregar uma solução educacional cada vez mais relevante, significativa e aderente às demandas desse extraordinário século da informação, conexão e inovação.

 

*Prof. José Motta Filho é Engenheiro, Gestor Educacional e Consultor em Metodologias Ativas de Ensino e Tecnologias Educacionais Emergentes.Atualmente é Head of Edtech na Beenoculus e Head of Active Learning na Zoom Education for Life. O profissional colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.

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