![A Educação 4.0 chegou de vez e empoderou a Educação Profissional A Educação 4.0 chegou de vez e empoderou a Educação Profissional](https://media.gazetadopovo.com.br/vozes/2018/06/26-06-sesi1-768x511-5b404c7e.jpg)
A Educação 4.0 já é uma realidade. Pode parecer distante do ponto de vista prático, pois nossas escolas ainda vivenciam o modelo que todos já conhecem muito bem, há muitos anos… muitos anos. Mas a versão 4.0 da aprendizagem já chegou, e ela não está só de passagem. Estamos em um momento no qual inteligência é a chave de qualquer negócio. Quanto mais digitalizado e conectado, maior e melhor será a experiência. Essas mudanças significativas no mercado impactam diretamente na Educação e, a longo prazo, se a escola não se mexer, deixará de existir, literalmente.
A grande questão é que, com tanta digitalização e conexão, o setor produtivo está se reconfigurando e, com certeza, independentemente do tipo de setor, vai incorporar a robotização, sensores e programação. Os novos técnicos – não somente os que estão iniciando carreira, mas o que precisam se requalificar nela – serão aqueles que, além de possuírem excelentes habilidades técnicas em sua área de atuação, destacar-se-ão em sua capacidade de solucionar problemas, manusear e analisar dados, e programar. O mercado já está precisando desses profissionais, a indústria já demonstra essa carência.
O grande impasse nesse contexto no Brasil é, ainda, a grande falta de interesse em profissionalização técnica. Hoje, apenas 11% dos jovens a realiza, comparado aos altos índices na Europa e em alguns países da Ásia. A qualidade da Educação brasileira é um fator preponderante para isso. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas em 2009 já revelava que um dos grandes motivos pelos quais o adolescente em idade para frequentar o ensino médio estava fora da escola era a falta de interesse nos estudos (acredite, o índice é quase maior que aqueles que precisaram parar de estudar porque tinham que trabalhar). Ou seja, se a escola não era interessante, quem dirá a Educação Profissional. Hoje, quase 10 anos depois, os índices de evasão escolar no Brasil nessa faixa etária ainda são altíssimos, perto de 2 milhões.
Fazer algo para mudar esse cenário é urgente, urgentíssimo. A reforma do ensino médio, proposta pelo governo federal, apesar de receber fortes críticas negativas, é um começo para chacoalhar a estagnação na qual se encontra a escola e, consequentemente, combater esse número assustador de evasão. Como toda nova proposta lançada, requer refinamento e ajustes, mas já podemos considerar um grande avanço a possibilidade de o aluno ter o poder de escolha e uma dessas escolhas ser a Educação Profissional.
A Worldskills é uma das iniciativas para mostrar a excelência técnica de jovens que estão na Educação Profissional e também para motivar outros jovens a optar pela qualificação profissional. Considerada a maior competição dessa modalidade no mundo, o evento desafia o jovem a resolver situações problema relacionadas à sua ocupação, enfrentando a pressão de realizar provas, competir com adversários locais e globais e ser observado pelo mercado, que está à procura de profissionais de ponta. A competição conta com seletivas estaduais e nacionais para que então os melhores possam representar o Brasil na etapa internacional.
A próxima será em 2019 em Kazan, na Rússia, e as seletivas nacionais já estão acontecendo em todo Brasil. Pelo Paraná, temos 24 competidores de diversas áreas que estão representando sua modalidade. São todos alunos do Senai e fazem parte de um grupo de quase 15 mil alunos que estão se tornando profissionais para fazer a diferença no mercado de trabalho. A metodologia do Senai preconiza a resolução de problemas como ponto chave para a profissionalização. E é nesses profissionais que vamos colocar nossas esperanças para que possamos ter um país cada vez mais produtivo e competente.
*Artigo escrito por Giovana Chimentão Punhagui, pedagoga e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), certificada pela Universidade de Cambridge para o ensino de língua inglesa e formação de professores. Gerente Executiva de Educação do Sistema Fiep.
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