A tecnologia traz facilidades que vieram para ficar. Esse movimento que atingiu lojas, supermercados, restaurantes e bancos, trazendo autonomia e responsabilidade para o consumidor nos últimos anos, vale para praticamente todos os serviços e processos de produção e alcançou também a Educação.
As mudanças nessa área trazem grandes responsabilidades para o estudante, o docente e a escola. No entanto, o que é mais imperativo mudar é a compreensão dos papéis que alunos e professores assumem no novo cenário. Trata-se de um entendimento fundamental para que as escolas possam viabilizar as mudanças e adotar uma nova metodologia, reconhecendo-a e certificando-a.
Esse é um dos pontos mais consistentes do ensino híbrido (“misturado”), metodologia que combina as atividades presenciais, em sala de aula, e aquelas que usam as tecnologias digitais: tutoriais, ferramentas e plataformas on-line, todas muito familiares aos jovens da atualidade.
Com a mobilidade e a conectividade, a sala de aula pode ser em múltiplos espaços e o conhecimento adquirido de inúmeras formas. O ensino híbrido desafia a capacidade de aprender de forma engajada, já que os jovens se dedicam à pesquisa e aos estudos em diferentes lugares, para além da escola.
Nos encontros presenciais, na escola, participam de debates e troca de informações, contextualizando o que pesquisaram. A experiência permite que a possibilidade de aprendizado seja ampliada em função da maior interação entre os alunos e professores envolvidos no processo. O estudante deverá ser participativo e, cada vez mais, construtor de seu próprio conhecimento.
O professor é uma peça-chave na condução do aluno à análise crítica; um agente que propõe soluções. Isso fomenta no estudante o espírito proativo, analítico, o ajuda a vivenciar um processo de solução do problema, e o incentiva a não se conformar com ideias prontas, fazendo com que exponha as suas próprias.
Em seu novo papel, o docente também precisa alinhar sua prática para permitir que o aluno siga em frente de forma coerente com seu ritmo de aprendizado e seus interesses pessoais.
A metodologia retira de cena o modelo tradicional de aula expositiva. Na maior parte do tempo, o aluno está envolvido em uma atividade prática supervisionada, diante de um problema real. A retenção do conteúdo, neste caso, se dá mais pelo fazer do que pelo escutar. Os ganhos para o desenvolvimento do estudante, assim como o aprendizado dos conteúdos orientados pelo professor, serão melhores aproveitados.
Espaço privilegiado para a manifestação de mudanças, a escola se diferencia de outras organizações educacionais pela proposta pedagógica e a ação dos professores. E o ensino híbrido, tal qual uma conexão entre os atores dos papéis a serem desempenhados, é um caminho para um modelo de estrutura escolar mais adaptado e coerente com o mundo contemporâneo.
*Artigo escrito por Lilian Luitz, Pedagoga/Psicopedagoga/Especialista em Desenvolvimento pessoal e Familiar/Formação em Biologia Cultural/Especialista em Planejamento Estratégico. Gerente de Educação Básica e Continuada do SESI Paraná. O SESI colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.
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