Os estudantes que estão no Ensino Médio vivem um período de extrema cobrança por conta das decisões que levam o peso da eternidade: qual caminho seguir depois do colégio? Para alguns, essa escolha é uma tarefa tranquila; para outros, uma verdadeira penitência. Controlar enxurradas de expectativas é quase impossível, então cabe ao jovem, e a todos ao seu lado, contribuir para que esse caminho seja traçado da melhor maneira possível. Acredito ser fundamental que a decisão ocorra o quanto antes, pois poderá ser pensada com calma, e amadurecida ao longo dos anos, com acompanhamento de professores, coordenadores pedagógicos e, acima de tudo, da família.
Cabe à família e ao colégio estarem atentos a esse processo e acompanhar o aluno para que ele possa dar um passo com segurança na escolha profissional, ainda que inicialmente. Para que o caminho seja seguro, há um percurso de decisões a serem tomadas e, nesse trajeto é necessário questionar-se em alguns pontos, como por exemplo, qual é a melhor faculdade para estudar e qual a grade curricular que o curso oferece. Quando essas indagações são solucionadas, o risco de desistência se torna menor.
A evasão é um desafio para grande parte das universidades particulares do país. Na Universidade de Brasília, por exemplo, há alto índice de desistência ou mudança de curso. Quando existe preparo e posicionamento daquilo que deseja fazer, o estudante consegue alcançar seu objetivo de carreira e de vida com mais facilidade.
Há outras indagações importantes que precisam ser feitas nessa fase. As questões pessoais, que envolvem os planos, os sonhos, precisam ser colocadas na balança. Fazer um exercício simples, mas muito efetivo, de imaginar como estarão em 10 anos pode ajudar a encontrar respostas. Quais serão os caminhos percorridos a partir das escolhas atuais? O que deve fazer, e como fazer, dentro da área que escolheu para trabalhar, ou que tipo de vida gostaria de ter, como estará o mercado para a profissão escolhida daqui 10 ou 15 anos? Essas são outras perguntas para se ter em mente.
São essas questões particulares que irão definir o interesse do estudante na hora de tomar uma decisão. Devemos formar alunos com educação integral, com escolhas profissionais que possibilitem uma visão de como poderão colaborar com a sociedade com suas profissões.
Neste sentido, a família tem um papel fundamental ao contribuir com o máximo de informações possíveis sobre o curso escolhido, ao acreditar nas competências desse jovem, mas, principalmente, ao encorajar o que foi decidido. Esse jovem vivencia um momento que conta com apoio coletivo, da escola, que possui um papel importante ao incentivar o conhecimento das profissões através de eventos e atendimentos individualizados, de psicólogos para escutar os alunos de forma profissional, e da família que é a base do amor, do diálogo e da sustentação para as decisões de seus filhos.
*Matheus Kaiser é educador, Psicopedagogo e coach, atuando em educação há 19 anos. É coordenador do Ensino Médio no Colégio Marista de Brasília – Maristão. o Grupo Marista, colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.
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