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Educação e Mídia

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Inclusão na Educação Infantil

(Foto: Imagem de Freepik)

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Nos dias 27, 28 e 29 de outubro, a equipe de educação do Instituto GRPCOM marcou presença no evento Neuromeeting, promovido pela NeuroSaber. O tema deste ano, “Inclusão, Neurociências e Aprendizagem: Construindo caminhos para uma educação transformadora”, levantou discussões relevantes e deu destaque a propostas como a da pedagoga, psicopedagoga e mestre em Educação, Luciana Brites, que elencou dados e orientações sobre como dar o primeiro passo rumo à efetiva inclusão na Educação Infantil.

A Importância dos primeiros anos

A Educação Infantil é a base do processo educacional, visto que é na primeira infância (período que abrange os 6 primeiros anos de vida) que o cérebro atinge 95% do seu volume adulto, segundo estudos de Giedd e Rapoport, 2010. Isso quer dizer que até os 6 anos o cérebro possui maior nível de neuroplasticidade, ou seja, ele aprende e se “reprograma” para novas experiências com mais facilidade.

Podemos imaginar que o processo educacional é equiparado a uma casa, sendo que o alicerce - sua fundação - pode ser representado pela Educação Infantil. No entanto, mesmo sabendo que a fundação da casa é responsável por manter toda estrutura de pé e, por isso, merece ser construída com bons materiais e receber todo investimento necessário, não é o que vemos quando se trata da Educação Básica e principalmente na Educação Infantil. Mesmo que esse investimento esteja previsto na Lei 13.257/2016.

Segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os professores de ensino pré-escolar lideram o ranking das profissões que possuem ensino superior e têm menor remuneração. Em contrapartida, um estudo conduzido pelo economista James Heckman revelou que cada dólar investido na Educação Infantil gera um retorno sete vezes maior ao longo do tempo. Isso significa que esse investimento é crucial e traz benefícios tanto para a criança quanto para toda a sociedade. O olhar voltado à Educação Infantil não precisa se resumir ao dinheiro repassado, mas também à valorização das instituições e dos profissionais desse nível de ensino, o que requer uma mudança na mentalidade de toda a sociedade.

Inclusão na Educação Infantil: primeiros passos

Em sua fala no evento Neuro Meeting, Luciana Brites explicou o cenário atual da Educação Infantil e apresentou algumas iniciativas que podem ser colocadas em prática para que a inclusão aconteça desde cedo. Ela reforçou que os agentes envolvidos no processo educacional precisam estar atentos ao neurodesenvolvimento da criança, ou seja, devem observar se os alunos estão desenvolvendo corretamente, dentro do período esperado, as “habilidades necessárias para interagir com o meio que os cerca.”

Diante disso, a especialista destaca a importância de os educadores conhecerem os Marcos de Desenvolvimento Infantil, não com o objetivo de diagnosticar distúrbios e transtornos, mas para que possam identificar atrasos e pontos de atenção que poderão ajudá-los a desenvolver estratégias para auxiliar o aluno com dificuldade, o que pode beneficiar não apenas ele, mas toda a turma. Além disso, conhecer esses marcos também ajudará os educadores a orientarem as famílias das crianças a investigarem casos de atrasos significativos.

Outro destaque da palestra foi a educação baseada em evidências, que se refere ao uso de métodos e estratégias educacionais comprovadamente eficazes, fundamentados em pesquisas científicas confiáveis. A palestrante também citou os recursos multissensoriais que se configuram como ferramentas valiosas na sala de aula, pois estimulam o cérebro das crianças de maneiras diversas, atendendo às variadas formas de aprendizado dos alunos.

Quer saber mais sobre as outras palestras do Neuro Meeting? Acesse o Instagram do Instituto GRPCOM e confira a cobertura dos três dias de evento:

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