Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo

Iniciativas educacionais privadas na escola pública

(Foto: Hugo Harada / Gazeta do Povo) (Foto: )
(Foto: Hugo Harada / Gazeta do Povo)

(Foto: Hugo Harada / Gazeta do Povo)

Quando se fala em responsabilidade social nas empresas da área educacional, muitos se questionam de que maneira ela pode ser aplicada. Talvez porque o maior desafio esteja em encontrar formas de alinhar as demandas sociais com os valores e princípios de uma empresa privada. No entanto, essa tarefa se mostra bem possível e traz inúmeros benefícios para a educação e a cidadania.

No segundo semestre de 2013 fizemos uma experiência em duas escolas municipais de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O projeto consistia em aplicar nosso método educacional de desenvolvimento cognitivo e social – o SuperCérebro* – com o objetivo de auxiliar no processo de aprendizagem de crianças em situação de vulnerabilidade social.

A Escola Municipal Castro Alves, localizada no bairro Jardim Independência, atendia 87 alunos por semana no Programa. A coordenadora do Programa Mais Educação, Silvia do Rocio Dissenha Callegarin, contou que o resultado foi muito positivo. “Os alunos selecionados para participar do programa eram crianças que, fora do ambiente escolar apresentavam situações de risco. Por se tratar de uma atividade extracurricular, muitos mostravam certa resistência em aceitar o método, mas não desistimos de continuar”, explicou.

A coordenadora ainda relatou que o Soroban (Ábaco Japonês) e os Jogos Didáticos – ferramentas utilizadas no método – tiveram papel fundamental no avanço dos alunos com as atividades realizadas em sala de aula. “Após um mês, os alunos começaram a demonstrar mais envolvimento com o Soroban, conseguindo entender o processo de trabalho. Muitos deles detiveram a habilidade com as peças e conseguiram compreender o valor de cada uma delas”, explica.

No campo das relações interpessoais, a diretora Silmara Cordova, da Escola Municipal Leonilda Trevisan, relatou que muitas crianças apresentaram melhoria no desenvolvimento social. “Após as primeiras aulas, alguns alunos traziam as atividades feitas de casa, orgulhosos por terem conseguido resolver os cálculos. Eles compreenderam que o jogo não deve ser apenas disputa, mas também trabalho em equipe, a criação de estratégias e a persistência”, conta.

Percebemos então que nós, enquanto Instituição de Ensino, temos o dever de colaborar para o desenvolvimento de pessoas, acima de tudo. Incentivando-as a não desistir, a entender seu próprio limite, estimulando a autoestima e possibilitando novas perspectivas. São esses os valores e ações que devem partir de dentro para fora de uma empresa.

*SuperCérebro é um método de ensino criado em uma das escolas associadas ao Sinepe. Utiliza um método de ensino inovador para desenvolver competências cognitivas e sociais do aluno. Foi criado com base nos estudos científicos de Howard Gardner, neurocientista criador da Teoria das Inteligências Múltiplas, da Universidade de Harvard, e com as técnicas de Soroban (Ábaco Japonês), desenvolvidas pela mestre e campeã Brasileira de Soroban, Sensei Yoneko Mizuma. O método desenvolve exercícios de ginástica cerebral utilizando o Soroban para desenvolver competências cognitivas como: raciocínio lógico, cálculo mental, memória e concentração. Já os Jogos Didáticos desenvolvem o senso estratégico, raciocínio tático, cooperação, socialização, visão espacial e quebra de paradigmas.

>>Artigo escrito por Ricardo Lamas, diretor-geral do método educacional SuperCérebro, criado na Escola TOP Gun, uma das escolas associadas ao Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR). O SINEPE é colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.  

>>Quer saber mais sobre educação, mídia, cidadania e leitura? Acesse nosso site! Acompanhe o Instituto GRPCOM também no Facebook: InstitutoGrpcom

 

 

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.