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Inovar nunca foi tão necessário ao ser humano quanto na era digital. Atualmente, tornou-se quase uma obrigação no mundo do trabalho, sendo o grande desafio da inovação, criar novas respostas para resolver antigos problemas.
Em se tratando de educação esse é um nó ainda não desfeito. O ensino tradicional, as formas de avaliação, a invisibilidade nas práticas pedagógicas sobre o desenvolvimento do cidadão ético e crítico, ainda são uma característica nas escolas brasileiras, todos sabemos. Velhos problemas!
Temos visto iniciativas de superação dessas dificuldades, com iniciativas que ocorrem de maneira isolada, ainda não sistêmicas e que não abrangem o todo da educação, mas servem aos educadores como referências, possibilidades para a mudança. Nem tudo está perdido e há muito sendo feito.
Mas como eu, professor de sala de aula, posso inovar, mudar minha prática? Onde posso buscar ajuda?
A preocupação sobre quem educa o educador remonta aos idos do século XVIII, com Karl Marx. Assunto tão importante, foi motivo de reflexões de educadores brasileiros como Darcy Ribeiro e Paulo Freire que junto com uma série de pesquisadores do mundo todo iniciaram um novo campo de estudo sobre a formação de professores.
A formação continuada, aquela que acontece em serviço, após a formação inicial da graduação, é uma importante ação para que o professor consiga construir as melhores estratégias para a superação das dificuldades que encontra no dia a dia das salas de aula.
A ajuda vem de diferentes fontes: dos colegas, dos docentes nos cursos de aperfeiçoamento, dos livros, dos vídeos, das comunidades formadas nas redes sociais, da experiência que acumulamos durante nossa vida profissional e pessoal, dos documentos que norteiam a prática pedagógica e tantos outros mais que cada um de nós pode elencar.
A formação continuada sofreu grande impacto com o advento da internet. Diferentemente dos tempos nos quais uma pessoa mais experiente era a fonte mais provável de aperfeiçoamento, hoje em dia, a quantidade de materiais e pessoas que podemos encontrar no mundo virtual, abrem um universo imenso de oportunidades. É possível, por exemplo, conhecer o que instituições de referência em inovação educacional estão apresentando, discutindo, sem sair de casa. É possível conhecer o que pesquisas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts em Cambridge, nos Estados Unidos, estão apontando e quais recursos tem sido usado em diferentes países do mundo. Assistir palestras de autores renomados gratuitamente, assim como conversar com professores de diferentes realidades do Brasil e do mundo, é outra oportunidade que a internet oferece.
A abrangência das possibilidades formativas é imensa, do tamanho do planeta. O repertório do professor pode se ampliar profundamente utilizando os conteúdos que a rede mundial apresenta. Porém, encontrar bons conteúdos requer um olhar crítico, uma vez que o mundo da internet está repleto de equívocos também. Talvez aqui se encontre um dos grandes desafios da atualidade para a formação continuada: saber como selecionar os melhores conteúdos e estratégias para que os estudantes aprendam. É possível fazermos isso?
*Texto escrito por: Estela Endlich, Doutoranda em educação pela Universidade Federal do Paraná. Coordenadora de Tecnologias Digitais e Inovação na Secretaria Municipal da Educação de Curitiba.
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