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Quiosque montado na Escola Municipal Ulisses Guimarães, de Campina Grande do Sul: jornal inserido no cotidiano
Quiosque montado na Escola Municipal Ulisses Guimarães, de Campina Grande do Sul: jornal inserido no cotidiano| Foto:
Quiosque montado na Escola Municipal Ulisses Guimarães, de Campina Grande do Sul: jornal inserido no cotidiano

Quiosque montado na Escola Municipal Ulisses Guimarães, de Campina Grande do Sul: jornal inserido no cotidiano escolar.

É comum ouvir que a utilização do jornal é uma forma de compreender o contexto no qual se está inserido. Conhecer sua realidade e agir sobre ela não é só uma maneira de incentivar a cidadania, mas também de construir e modificar sua história. O uso do jornal permite observação e análise da cultura e da identidade da sociedade.

Atividades educativas que tenham como pano de fundo a informação permitem reflexão e problematização sobre a vida em sociedade. Existe, nas escolas e nas comunidades, uma série de saberes constituídos historicamente pelas vivências sociais e familiares. A informação contribui para que ocorra a perpetuação desses saberes e tradições no decorrer da história.

Sendo assim, o jornal como um recurso pedagógico atual leva para a sala de aula informações sobre o seu tempo; ele permite não só um entendimento sobre o que está acontecendo no momento, mas associação e relação com aquilo que já ocorreu em outros períodos. É possível identificar as mudanças culturais, constituição de tradições e também a análise de ideologias de períodos históricos diferentes. As diferentes editorias de um jornal tratam de diversos fatos cotidianos, alguns específicos de grupos sociais, outros internacionais. Cabe ao professor, então, mediar a descoberta e análise destes significados e construir a partir deles novos conhecimentos.

O jornal representa um aliado para o desenvolvimento da cultura escolar, que está expressa no próprio currículo. É neste conjunto de conhecimentos composto pela cultura escolar que a informação se faz essencial. Pois, tais conhecimentos são fruto do que ocorre na própria sociedade. A escola também possui uma cultura própria, que expressa as características de seu público. Ela contém em si um mundo social, no qual a utilização do jornal representa uma maneira de ressignificar aquilo que aparece como estímulo da sociedade de fora da escola.

O desenvolvimento de projetos que levam os produtos dos meios de comunicação para dentro da escola, como o Ler e Pensar, por exemplo, contribui para a construção de uma nova cultura escolar, que recebe diferentes estímulos. E é possível ir além: usar a comunicação para propagar a cultura da escola. Para entender mais sobre essa maneira de usar a comunicação em prol da cultura, vale pesquisar sobre folkcomunicação.

Everton Renaud é filósofo e gestor de projetos educacionais que atuam com mídia e educação no Instituto GRPCOM.

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