Lifewide Learning. Em livre tradução significa “aprendizagem ao longo da vida”. É evidente que essa mentalidade está intimamente ligada à educação que realmente prepara (ou pelo menos deveria preparar) seres humanos para os desafios e demandas da atual sociedade criativa, exponencial e mobile.
Após um período de quase um ano e meio entre erros e acertos do ensino remoto, provocado pela pandemia, é possível entender que o aprendizado on-line vai muito além da transmissão e recepção de um curso diante de um computador ou smartphone. Tudo o que alunos e professores têm experimentado em termos de novas estratégias, ferramentas, conexões e descobertas de novos caminhos para o aprendizado, mesmo distantes fisicamente, servirá de ótimo combustível para quando pudermos retornar ao espaço físico das escolas e universidades. O aprendizado ao longo da vida durante a pandemia não é algo raso e desprezível.
Visualize comigo, de forma antecipada, como será o início do ano letivo 2022: professores empoderados e aptos a levarem as suas aulas para um outro patamar. Instigados a combinarem o que há de melhor entre o presencial e o virtual, entre o humano e o tecnológico, entre o aprender juntos e distantes.
Estamos, toda a sociedade, aprendendo a enxergar por meio de novas lentes que ensino nem sempre significa aprendizagem, que ensinar não é contar para os outros aquilo que alguém julga saber, que a premissa básica da educação é a possibilidade de relação entre pessoas e que a escola e a universidade são espaços onde seres humanos se encontram para que coisas incríveis aconteçam.
Tenho lido nos últimos meses alguns artigos escritos por pensadores educacionais de renome. Em muitos textos percebo um tom de lamento e de excesso em evidenciar retrocessos na educação em função da pandemia. Será mesmo que tivemos apenas perdas? Será que a antifragilidade proposta pelo extraordinário Professor Nassim Taleb não estaria, exatamente agora, acelerando o movimento orgânico da educação para que ela fique muito melhor do que era antes de 2020?
Estou certo de que a pandemia forçou a educação a fechar as portas para que ela mesma pudesse aprender. A educação, por meio dos seus professores e gestores, só conseguirá entregar para os seus alunos aquilo que possuir. E o que temos hoje? Um grande aprendizado ao longo da vida dos últimos meses.
Este artigo foi elaborado por José Motta Filho, professor, gestor educacional, especialista em Principles of Technology e Mestre em Tecnologias Emergentes em Educação. Motta é Co-Fundador da Moonshot Educação e Diretor Educacional da Silicon Valley Brasil. O profissional colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM, no Blog Educação e Mídia.
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