Os desafios que permeiam a educação no Brasil são diversos desde a infraestrutura até a qualidade de ensino dedicada aos alunos das escolas. O reflexo disso é a posição do país no ranking mundial de qualidade de educação, realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Entre os 76 países avaliados, o Brasil ocupa a 60ª posição. Colocação que coloca o país entre os piores do mundo a frente apenas de outros países da América do Sul, como Argentina e Colômbia e países do continente africano como Gana e África do Sul.
Porém, um novo movimento vem ocorrendo nos últimos anos no Brasil para mudar esta realidade: o empreendedorismo social. Segundo a Ashoka, organização pioneira nesta área no mundo: “os empreendedores sociais são indivíduos com soluções inovadoras para os problemas sociais mais prementes da sociedade. São ambiciosos e persistentes, enfrentando as grandes questões sociais e propondo novas ideias de mudança em larga escala”. No Brasil, os jovens cada vez mais estão se dedicando a novos empreendimentos sociais para transformar a realidade do país.
As inovações para tal mudança vão desde plataformas de crowdfunding focadas em escolas públicas até programas de voluntariado corporativo. Um exemplo é o Programa de Voluntariado premiado na última edição do Prêmio Ser Humano da ABRH – Associação Brasileira de Recursos Humanos: uma parceria entre a ASID – Ação Social para Igualdade das Diferenças e a empresa de Gestão e Tecnologia Pelissari, no qual voluntários desta capacitavam diretoras de Escolas de Educação na Modalidade Especial na área de liderança com os conhecimentos empresariais que possuem. Este resultado impacta diretamente a qualidade de ensino gerado pelas escolas, uma vez que diretoras com competências em liderança bem avaliadas tem uma correlação direta com uma boa atuação do professor em sala de aula.
Este é só o começo de inovações que irão surgir para melhorar a qualidade de educação no Brasil, os resultados serão verificados no médio prazo, mas o primeiro passo foi dado.
*Artigo escrito por Diego Tutumi Moreira. Formado em Economia pela UFPR, é fundador da ASID Brasil (Ação Social para Igualdade das Diferenças), ONG que trabalha para aprimorar a gestão das escolas gratuitas de educação especial, resultando na abertura de vagas e melhoria da qualidade de ensino. A ASID colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.
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