A ideia que tínhamos até recentemente de que recompensas materiais ou financeiras, como bônus e prêmios de participação, era a chave para a motivação parece não se aplicar com a mesma eficácia às tarefas em grande parte intelectuais ou criativas exercidas pela maioria de nós hoje em dia.
A necessidade que temos atualmente de autonomia em nossas tarefas, de sentir que contribuímos para algo maior e de obter o reconhecimento que achamos devido apresentam-se como os novos pilares da motivação.
Mas e quando esses conceitos abstratos como a autonomia, relevância e reconhecimento não se aplicam ao que temos que fazer no dia a dia? Objetivos estritamente individuais como estudar para a prova de amanhã, concluir aquele trabalho de dez páginas ou estudar para um concurso público para um cargo o qual desejamos nossa aprovação?
Motivação é sem dúvida uma resposta mais emocional do que racional. Apesar de entendermos racionalmente os benefícios de obter o melhor desempenho em tudo aquilo que nos dispomos a fazer seriamente, sentimos que esse nem sempre é a o caminho mais apropriado. Distanciar-se do grupo é arriscado e por isso instintivamente tendemos sempre a nos mantermos na média, protegidos pela coletividade.
Felizmente, nosso senso de coletividade é bastante limitado. Normalmente consideramos como sendo o grupo ao qual participamos apenas algumas poucas pessoas com as quais mais nos identificamos e mantemos contato com maior frequência. É justamente esse comportamento social tribal e inevitável o que mais contribui para o nosso sucesso quando a motivação parece ser o maior problema.
Cercar-se das pessoas que consideramos referência e viver entre os melhores é, sem dúvida, um caminho certo para o sucesso, seja este pessoal, profissional ou acadêmico.
>> Marcel Kroetz é Analista de Tecnologia da Informação e membro da Associação Mensa Brasil.
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