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A diversidade de recursos nos novos ambientes que contribuem para a aprendizagem é impressionante. São aulas virtuais, fóruns, comunidades, videoaulas, bate-papos, entre outros. Desde os mais simples aos mais sofisticados – todos eles refletem como a sociedade se organiza atualmente, de forma cada vez mais integrada e conectada. As mídias se integram para compor os conceitos dos ambientes virtuais de aprendizagem, abertos à interdisciplinaridade e à proposição de novas relações com o conhecimento. Os professores, entendidos como agentes e formadores dessa sociedade, são chamados para a atualização constante, o que acontece com sua inserção em um novo modelo de formação continuada.

A necessidade de o professor se atualizar é hoje mais do que um desejo pessoal, mas uma demanda social e profissional. A busca docente por formação continuada é intensa. No entanto, não pode ser suprida somente de forma presencial. Fatores como limitação de tempo, ausência de espaços adequados para formação de grandes grupos, dispersão geográfica e até mesmo a oferta de profissionais que possam ministrar são exemplos de barreiras encontradas neste processo.

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Com isso, a formação realizada em ambientes virtuais de aprendizagem ganha cada vez mais expressão e representa um caminho possível de atendimento às demandas atuais. Ao mesmo tempo, esta solução significa um desafio para os docentes e também para quem está na outra ponta, pensando nas atividades formativas direcionadas a professores.

Distância e proximidade
O potencial de aprendizagem em ambientes virtuais é efetivo mesmo que ainda surjam dúvidas quanto à importância das trocas coletivas comuns em ambiente presenciais. Nesse sentido, sem desqualificar ou desmerecer a troca gerada pelo compartilhamento físico dos grupos, é importante lembrar que por si só a interação física é insuficiente para garantir o sucesso da aprendizagem.

Para o professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Romero Tori, os meios de comunicação e as tecnologias interativas representam uma maneira eficiente de promover aproximação. Isso significa que a distância entre os aprendizes representa um desafio já superado. Tori defende ainda, que os discursos sobre educação a distância acentuam o problema e não a solução. As atividades de aprendizagem realizadas em ambientes virtuais precisam ser entendidas como uma forma de fazer educação apesar da distância, desfazendo o antagonismo histórico que envolve a questão.

Dessa forma, é preciso perceber que as atividades de aprendizagem presenciais e online têm inúmeros pontos em comum, o que indica que a modalidade a distância não só é possível, mas também produtiva. Um bom exercício para reforçar esta tese é lembrar que desde o nascimento da escola, a aprendizagem acontece em parte na sala de aula, e em grande parte fora dela. São tarefas de casa, leituras complementares, trabalhos em equipe, pesquisa na biblioteca, entre outras atividades com orientação do professor, mas sem a presença dele.

Leia o artigo na íntegra na 34ª edição da Revista Aprendizagem.

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Everton Renaud é professor de filosofia e atua como gestor e-learning e projetos educacionais no Instituto GRPCOM.

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