Todos sabem que bons projetos evidenciam o trabalho de um gestor escolar. Vamos chamar de projetos todas as ações que o gestor desenvolve em conjunto com pessoas, ou seja, projetos participativos. E, cabe ao gestor fazer esses projetos acontecer, e não esperar que sua equipe ou a comunidade escolar proponham alguma ação. Esse movimento é papel do gestor; então, vamos colocar a mão na massa.
Uma das premissas dentro desse papel é saber como mobilizar essas ações nos diferentes seguimentos. Basicamente, são dois dentro do ambiente escolar: o segmento interno, que contempla alunos, professores, funcionários, enfim, todos os colaboradores e o segmento externo, que envolve os pais e a comunidade de uma forma geral.
Neste texto, vamos entender como mobilizar a comunidade interna, e como devemos concentrar nossos esforços em duas simples ações, mas fundamentais para a eficácia de qualquer projeto.
Deixe “muito” claro o objetivo e as ações
Quando coloco as aspas, elas não são à toa. Quando mobilizar alunos, professores, funcionários, coordenadores, a sua equipe em geral, a clareza do objetivo e o conhecimento de todos sobre a construção do plano a ser seguido é fundamental. É preciso criar momentos para trabalhar com eles e estar presente nesses encontros. O ideal é que no início de cada semestre se realize no mínimo uma reunião para balizar as ações, construir estratégias, explanar as metas e compreender o que já foi feito. Nestes momentos, se certifique do entendimento, revise, argumente e tenha a convicção que todos conhecem as ações e os objetivos, nos mínimos detalhes.
Crie comitês
Formar grupos segmentados entre as equipes para definir essas ações é importante. Por exemplo, a equipe que cuidará do marketing, do administrativo, da comunicação, da organização, da execução e assim por diante. Mas, se você não tem esta estrutura de trabalho, a dica é: envolva a sua equipe, designe seus professores a assumirem papeis que lhes interessem dentro dessa ação, como por exemplo, a professora de Arte cuida do marketing, o de Língua Portuguesa da comunicação, as finanças ficam sob os cuidados do professor de matemática, e assim por diante.
Mas, e os alunos, como mobilizar?
Com os alunos não é diferente, independente de qual o nível, se ensino fundamental, médio, ou superior, a tarefa é reuni-los em grupos, formando conselhos, um centro acadêmico, grêmios estudantis ou qualquer outro tipo de projeto de liderança e representatividade. Lembrando, que serão apenas representantes dos alunos, eleitos por eles próprios, uma vez que seria impossível trabalhar com todos eles nesses alinhamentos, não é mesmo?
É importante lembrar que antes de qualquer ação com os alunos, é crucial trabalhar processos de liderança com eles. Esclarecer qual o papel do representante de turma antes mesmo da escolha em sala de aula. O momento da escolha é um fator determinante para o sucesso dos projetos. Portanto, invista parte de seu tempo para fazer essa mobilização, com certeza valerá muito a pena.
Assim, você estará verdadeiramente fortalecendo a gestão participativa e colaborativa, facilitando o trabalho em equipes e aumentando e muito as possibilidades de seus projetos obterem êxito.
*Texto escrito por Josemary Morastoni, pedagoga, especialista em formação de professores e Coaching Educacional, mestre e doutoranda em Educação e com mais de 30 anos de experiência como gestora escolar em instituições da Educação Básica e do Ensino Superior, tanto da rede pública, quanto da rede privada de ensino. A profissional colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.
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