Será que o “bom aluno”, que sempre tira as melhores notas e tem um bom comportamento, estará preparado para os desafios da vida se ficar limitado ao que está previsto no currículo escolar? Será que nossas escolas são capazes de despertar os talentos existentes em nossos alunos?
Os sistemas de ensino predominantes, da educação infantil ao ensino superior, priorizam o desenvolvimento de aspectos intelectuais, fato que pode ser evidenciado na predominância de disciplinas como matemática, português e física. Uma pequena parcela do tempo empregado nas instituições educacionais é dedicada ao desenvolvimento de outras habilidades, que fogem de uma abordagem intelectual, como a capacidade de trabalhar em equipe, a autonomia, o autocontrole, a criatividade e a autoestima.
Um dos aspectos negligenciados na educação predominante é o sentido existencial da vida. Qual é o meu lugar no mundo? O que me faz feliz? Quais são meus talentos? O que quero para o meu futuro? Quais são os meus sonhos? Reflexões com essa profundidade raramente são proporcionadas aos alunos, mas se fossem realizadas talvez tivéssemos um número menor de adultos infelizes com suas profissões.
Talvez algumas pessoas considerem que desenvolver esses outros aspectos na escola é algo impossível, afinal mal conseguimos ensinar os conteúdos previstos no currículo. No entanto, aqueles que estiverem abertos para ver outras abordagens educacionais, que vão além do desenvolvimento dos aspectos intelectuais, perceberão que várias escolas estão seguindo uma abordagem de educação integral e com isso têm melhores resultados, inclusive nas disciplinas convencionais.
Sugiro que os leitores vejam o filme A Educação Proibida, que mostra profundas falhas de concepção no sistema de ensino atual e traz diversos exemplos bem sucedidos de escolas que educam para o desenvolvimento integral do individuo.
E você, caro leitor? Tem investido sua energia para ser quem você realmente é, ou tem desperdiçado seus talentos? Deixamos aqui, nossa homenagem e lembrança àqueles que não tiveram a oportunidade de desenvolver todo o seu potencial.
>> Este artigo foi escrito por Luciano Diniz, coordenador da pós-graduação em Educação Integral da Associação Gente de Bem.
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