Se você está aqui, diante de um artigo de jornal (nesse caso, digital), se costuma se informar através de veículos confiáveis e ler as principais notícias do dia ou da semana, saiba que (infelizmente) você faz parte de uma porcentagem bem pequena da população brasileira.
Além de a maioria das pessoas nem sequer saber o que significa desinformação e quais os perigos de se informar por redes sociais, sem checar a veracidade do que consumimos e compartilhamos, sabemos que apenas 12% dos brasileiros são considerados leitores proficientes. E esse é um dado que não preocupa apenas os professores de Língua Portuguesa.
Quantos dos seus colegas, amigos e familiares leram as propostas dos candidatos em que pretendem votar nessas eleições? Posso apostar que foram poucos... ou nenhum. Agora, se eu perguntar quantas dessas pessoas compartilharam as famigeradas “fake news” nos grupos de WhatsApp, a resposta, provavelmente, será: muitos! Pois é.
Em um ano de eleições federais e estaduais como 2022, é ainda mais preocupante saber que tantas pessoas não têm condições de exercer sua cidadania plenamente. Afinal, quem não lê de maneira proficiente e crítica, não conhece de fato a sociedade em que vive, não enxerga as ameaças à democracia e não tem condições de dialogar. Como já dizia Monteiro Lobato: “Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê”.
Se “[...] cidadania quer dizer a qualidade de ser cidadão, e consequentemente sujeito de direitos e deveres”, conforme consta no site oficial da Secretaria de Justiça, Família e Trabalho, será possível exercê-la plenamente sem antes nos tornarmos bons leitores (de texto e de mundo)? A meu ver, é preciso primeiro ser bom leitor para então ser um bom cidadão.
Não se trata de desmerecer aqueles que não tiveram oportunidade de aprender a ler, ou cuja educação foi tão falha que deixou profundas lacunas na interpretação de textos, e muitos menos de dizer que estes sujeitos não deveriam ter seus direitos assegurados ou ter participação na política. Pelo contrário! É uma questão de olhar para essa realidade como algo a ser mudado, de desejar um futuro em que todos possam exercer sua cidadania plenamente, conhecendo seus direitos para poder garanti-los e cumprindo com seus deveres porque estão verdadeiramente cientes deles.
Por isso o Instituto GRPCOM fez questão de produzir um curso 100% gratuito e com certificação de 40 horas sobre leitura e interpretação de texto voltado aos professores, pedagogos e gestores escolares da rede pública e básica de todo o Brasil!
O curso “Leitura: o mundo além das palavras” chegou em um ano de muitos desafios e traz teorias, provocações, sugestões de atividades e aulas em vídeo com convidados especiais. Nele, você encontra uma unidade completa sobre “Leitura, comunicação e cidadania”, com a participação do professor, doutor em Literatura e jornalista José Carlos Fernandes e da pedagoga e doutora em Educomunicação Ana Gabriela Simões Borges.
Se você é professor da rede pública e básica, de qualquer nível de ensino ou área do conhecimento, venha garantir sua vaga: https://m.institutogrpcom.com.br/leitura
O curso estará disponível até o dia 24 de outubro de 2022.
Ana Paula Teixeira é tecnóloga em Produção Cênica, estudante do curso de Letras Inglês da UFPR, faz parte da equipe de Educação do Instituto GRPCOM e colabora voluntariamente com o Blog Educação e Mídia.
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