Intolerância, brigas violentas, crimes. Em tempos de muitas adversidades, ser resiliente –conceito psicológico emprestado da física, definido como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas (choque, estresse etc.) – se tornou uma característica importante pessoal e profissionalmente. Muitos não sabem que a resiliência pode ser ensinada, inclusive para crianças. Superar frustrações, entender que pode estar em risco, perceber seus comportamentos e reações são coisas que as crianças podem fazer, se orientadas pelos responsáveis e aceitas no meio em que vivem.
Alguns pontos favorecem o desenvolvimento da resiliência e o papel dos pais neste processo é muito importante. É fundamental que a criança seja bem-vinda e desejada na família, outros pontos são o entusiasmo, a forma otimista de encarar os fatos, e passar por frustrações. O adulto resiliente com certeza foi exposto a frustrações na infância, os pais precisam entender que tirar todas as pedras do caminho do filho é um desserviço, deixar que o filho se frustre e mostrar como ele conseguiu vencer essa etapa é o que fará a diferença em sua formação, o reforço positivo é outra ferramenta importante na formação da auto-estima.
Engana-se quem acha que resiliência é algo que se adquire e faz com que a pessoa haja da mesma forma em todas as situações, isso não é verdade, pois crianças e adultos podem ser resilientes em casa, mas não tolerarem nenhuma situação adversa na escola ou no trabalho, por exemplo.
A chegada da adolescência faz com que atitudes resilientes se tornem ainda mais importantes, pois o resiliente, em geral, não se coloca em situações perigosas ou vulneráveis. O adolescente que possui esta característica avalia as situações sem se alienar, além disso, ele se conhece, percebe a si mesmo e os outros e se torna capaz de analisar antes de agir. Isso vale para ofertas de drogas, má influência de amigos e comportamento na internet.
Algumas ações para ajudar seu filho a se tornar resiliente:
– Desejar o filho é o ponto de partida;
– Oferecer amor e presença. Pessoas resilientes foram muito amadas na infância;
– Participar ativamente da vida de seu filho;
Colocar-se a serviço da criança, disponível para as necessidades que ela tem;
– A escola oferece o estímulo à parte cognitiva. Escolha uma boa escola, que estimule adequadamente seu filho;
– Seja você uma pessoa resiliente. Para desenvolver o autoconhecimento e a estruturação a criança busca nos modelos que ela possui.
*Águeda Thormann é mestre em Mídia e Conhecimento e professora do Curso de Pedagogia do ISE SION (Instituto Superior de Educação Nossa Senhora de Sion). A profissional colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.
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