A participação democrática da sociedade é um direito garantido pela Constituição Federal. E ultrapassa o fato de escolher um representante, pois prevê acompanhar de perto os escolhidos. Portanto, esse poder se concretiza em ações de monitoramento, fiscalização, avaliação e interferência. Processos que ocorrem tanto em relação ao poder político e gestão pública, como em relações institucionais e atividades sociais cotidianas. Mas só é possível desenvolver tais ações tendo informação. Quem não sabe o que acontece ao seu redor não tem condições de participar.
A mídia, nesse sentido, facilita a participação da sociedade ao colocar em comum os diversos temas da vida pública. E, ao lançar uma luz sobre os aspectos da cidadania e da política, contribui para que cada leitor ou telespectador assuma seu poder de cidadão. Com isso é possível perceber a relação de dependência entre informação e exercício de cidadania.
Os ambientes educacionais, a família, o trabalho, o círculo de amizades, por sua vez, são espaços onde se propõe cotidianamente exercícios de cidadania. Para muitas pessoas, participar significa cobrar melhorias, ou seja, buscar qualidade. Não é possível praticar qualquer busca de melhoria sem antes compreender a situação e o contexto em que se vive. É necessário articular diversas informações em função de construir um entendimento eficaz capaz de se traduzir em prática cidadã.
Professores lançam mão deste recurso quando acompanham, fiscalizam, avaliam e interferem nos programas e políticas públicas educacionais, bem como nas relações escolares em que estão inseridos. Estudantes fazem isso quando avaliam sua escola, sua aprendizagem e pensam na transformação da sua comunidade. E todos o praticam quando atuam diante das políticas comunitárias, municipais e nacionais.
É preciso incentivar, inovar e consolidar posturas críticas e conscientes que impactam toda a sociedade. Saber de tudo isso traz um grande compromisso. Afinal, cidadania se faz todo dia. Por isso, também é preciso se informar cotidianamente.
Everton Renaud é filósofo e gestor de projetos educacionais que atuam com mídia e educação no Instituto GRPCOM.
>> Quer saber mais sobre educação, mídia, cidadania e leitura? Acesse nosso site! Siga o Instituto GRPCOM também no twitter: @institutogrpcom.
STF decide sobre atuação da polícia de São Paulo e interfere na gestão de Tarcísio
Esquerda tenta mudar regra eleitoral para impedir maioria conservadora no Senado após 2026
Falas de ministros do STF revelam pouco caso com princípios democráticos
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS