A grande maioria dos jovens brasileiros tem a intenção de investir em um novo segmento de negócio. No entanto, 86% deles admitem não se preparar para alcançar o objetivo.
Isso é o que revela uma pesquisa realizada em 2015 pela Confederação Nacional de Jovens Empreendedores (Conaje), em 26 estados e o Distrito Federal, com mais de 5 mil jovens de idades entre 18 e 39 anos. O estudo apontou o perfil dessa faixa da população do Brasil em relação ao empreendedorismo.
Esse dado permite identificar a necessidade de incentivo ao empreendedorismo jovem, começando pela Educação. E embora não esteja na grade curricular da maioria das instituições de ensino por ser uma discussão transversal nas disciplinas, o empreendedorismo deve ser estimulado em todas as escolas e em alunos de todas as idades.
Por meio de uma metodologia pedagógica ativa, o Sistema Fiep tem seus estudantes como centro do processo educacional. Os alunos das instituições que compõem o sistema são desafiados a desenvolver projetos e a se comportar como empreendedores. Os professores têm papel importante, mas atuam como mediadores da aprendizagem e do desenvolvimento dos jovens, ajudando a conferir autonomia e incentivo ao empreendedorismo inovador.
Entre as iniciativas que tornam a rede uma referência em Educação, estão um conjunto de atividades para o incremento do empreendedorismo. Entre elas, a Trilha da Inovação na Educação: mais que um caminho para desenvolver o empreendedorismo inovador é uma diretriz que aponta aos estudantes o caminho da realização profissional e pessoal.
A diretriz evolui em quatro fases: Mobilizar; Experimentar; Prototipar; e Incubar/ Acelerar. A primeira etapa é destinada à geração de ideias, para que os alunos percebam a importância do empreendedorismo e da inovação. É nessa fase que os jovens vão despertar para a cultura da inovação em sala de aula.
Após despertado o interesse, os estudantes passam a experimentar suas ideias. Quando elas ganham forma, é hora de prototipar as soluções encontradas para verificar sua viabilidade.
Se a ideia é acessível e realizável, é preciso colocar o produto ou o serviço no mercado. A instituição tem a estrutura necessária para dar suporte aos seus alunos.
Durante o período de desenvolvimento da Trilha, os estudantes participam de competições de ideias inovadoras, que vão desde as mais simples até as mais complexas, desenvolvidas em sala de aula. Algumas dessas competições são o Grand Prix de Inovação, as seletivas da Olimpíada do Conhecimento e da WorldSkills, o Prêmio Inova Senai Sesi, Desafio de Projetos Integradores, o Concurso Minha Ideia de Negócio e a First Lego League.
A valorização do empreender em sala de aula não é uma estratégia de preparação de alunos para que abram uma empresa. O objetivo é que o potencial desses jovens seja desenvolvido e os torne capazes de ser empreendedores em qualquer atividade que escolham. Incluindo a escolha de serem empresários, se por isso decidirem.
A metodologia também não visa o enriquecimento financeiro. Ela prepara os alunos para que fundamentalmente participem e tenham papel ativo no desenvolvimento da sociedade.
*Artigo escrito por Lilian Luitz, Pedagoga/Psicopedagoga/Especialista em Desenvolvimento pessoal e Familiar/Formação em Biologia Cultural/Especialista em Planejamento Estratégico. Gerente de Educação Básica e Continuada do SESI Paraná. O SESI colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.
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