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Você está preparado para usar dispositivos móveis na sua ação pedagógica?

(Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo) (Foto: )
(Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

(Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

Esta semana tenho estudado sobre a aprendizagem móvel conhecida também como Mobile Learning e que depende do uso de dispositivos móveis. Fiz a mim mesma a pergunta que coloquei como título neste post, cheguei a seguinte resposta: posso iniciar, sou incluída digitalmente, mas ainda tenho que me incluir ciberculturalmente de forma efetiva, para poder atuar com qualidade e criar novas formas de relação pedagógica, novas formas de pensar o currículo e, também conduzir mudanças no ambiente escolar. Seja este ambiente presencial ou a distância.

Desta forma eu ainda preciso, como bem afirma Santos (2014)contemplar a dinâmica especifica da “era do CCM ou do pós-PC”, onde o computador conectado móvel ou os dispositivos móveis e portáteis, como celulares, smartphones, netbooks e tablets conectados ao ciberespaço vias as redes sem fio Wi-fi e redes 3G da telefonia móvel, sustentam a internet em sua fase web 2.0 associada à mobilidade ubíqua.

Sendo usuário da internet, considero que ainda preciso entender e vivenciar uma internet mais interativa, que a torna uma infraestrutura principal da nova era sociotécnica e nela o incluído cibercultural é o praticante cultural capaz de apropriar-se ou apoderar-se da dinâmica autoral, colaborativa e móvel para empoderar-se como cidadão nas cidades e no ciberespaço. (SANTOS, 2014)

Assim, tenho um longo caminho para ser incluída ciberculturalmente. Preciso explorar as funcionalidades da informática, seus softwares e aplicações móveis, conhecer as tecnologias de informação e comunicação que a conexão em rede podem possibilitar. E tudo isto não esquecendo de explorar os sistemas operacionais para dispositivos móveis: IOS, ANDROID, WINDOWS.

A aprendizagem móvel, é tema de investigação na área das tecnologias na educação desde a primeira década deste século. Brazuelo e Gallego (2001), conceituam aprendizagem móvel como sendo uma abordagem educacional que facilita a construção do conhecimento, resolução de problemas de aprendizagem e desenvolvimento de várias capacidades ou habilidades de forma independente utilizando dispositivos móveis portáteis, em qualquer espaço e tempo.

A aprendizagem móvel será possível se professor e alunos tiverem acesso a um smartphone, um tablet ou um phablet. Estes dispositivos são considerados adequados para o desenvolvimento do processo educativo que pressupõe uma aprendizagem móvel. Sem os dispositivos móveis, não haveria facilitação para o trabalho colaborativo e uma aprendizagem interativa.

O Brasil é o país com maior número de usuários de smartphones na América Latina. São dispositivos que combinam os serviços próprios de um celular tradicional e outros recursos, tais como: câmeras de fotos e vídeo, reprodutor de MP3 e MP4, navegação na internet, armazenamento de dados, enviar SMS o MMS, edição de documentos, conexão wi-fi e outros recursos.

Os Tablets têm todas as vantagens e funcionalidades de um computador pessoal, mas com um tamanho menor. Já os Phablets são uma tendência em crescimento no Brasil, são os aparelhos com telas maiores. O nome vem da união das palavras “phone”, de telefone, e tablet, geralmente têm telas com tamanhos acima de 5 polegadas.

Se a aprendizagem móvel depende do uso de dispositivos móveis, faz-se necessário que se discuta a questão da inclusão cibercultural do professor, pois não basta somente sermos usuário de smartphones, tablets ou phablets, para que possamos fazer uma boa utilização destes dispositivos na educação, pressupondo uma aprendizagem móvel. Temos que nos incluirmos ciberculturalmente.

Então professores, que tal iniciarmos nossa inclusão cibercultural?

>> Escrito por Glaucia da Silva Brito, professora do Departamento de Comunicação Social e dos Programas de pós-graduação em Comunicação (PPGCOM) e Educação (PPGE) da Universidade Federal do Paraná – UFPR, pesquisadora em Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação. As profissionais colaboram voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.

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