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Nem sempre a desatenção se deve ao professor “chato”. (fonte: Gazeta do Povo)

Segunda feira, dia 16 de setembro, a Gazeta do Povo trouxe uma matéria sobre como deixar aulas mais interessantes para os alunos. E as dicas foram todas muito pertinentes: como  evitar fugir do assunto, não se prender em discussões com apenas alguns alunos, ler durante toda a aula ou usar  jargões técnicos, entre outras coisas. Só faltou dizer uma coisa: ter alunos mais bem preparados!

Pois é, esse tem se tornado um problema insano e aparentemente insolúvel. Cada vez mais o professor tem precisado se tornar um animador de auditório para afastar os alunos e alunas da letargia e da falta de interesse que é,  como a palavra sugere, a vontade de “ estar entre”, participando. Há um certo consenso de que o sucesso de um professor exige contribuir para que o aluno queira “estar entre” e, para isso, o professor deve ser capaz de gerar condições de aprendizado, com uma boa exposição, bons exemplos, linguagem agradável, cortesia e respeito pelos alunos, comunicação e bom humor. Mas há uma outra condição sem a qual um professor não contribui para gerar aprendizado mas, no máximo, para divertir ou entediar os alunos: que os alunos queiram aprender e entendam que o aprendizado exige atenção e esforço, dedicação e persistência. Essas são palavras que cada vez mais parecem distantes do rol de características dos alunos em geral.

Lembro-me de minha última passagem pela Universidade. Tive um desentendimento imediato com a turma. Eles queriam “ter o direito”  de chegar 15 minutos depois do horário de tolerância ( sim, já havia um horário de tolerância!). Não aceitei, explicando que eu precisava dar uma sequência ao que eu ia apresentar e os alunos que chegassem mais tarde não só não acompanhariam essa sequência como ainda atrapalhariam os demais que chegaram no horário estipulado. Bati pé, não aceitei. Os alunos fizeram um abaixo assinado para a coordenação!

A escola tem se tornado um lugar perigoso. Professores despreparados têm contribuído muito para a crise de aprendizado. Mas aprendizado é uma via de mão dupla e parece que muitos, muitos alunos  andam dormindo no volante.

 

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