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Dinheiro para quem quer educação de qualidade.

(Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)

(Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)

A presidente Dilma sancionou hoje a lei que destina 75% dos recursos do pré- sal para a Educação. “Momento histórico”, exultou o Ministro Mercadante. Possível. Talvez. Quem sabe.

Fico matutando sobre duas coisas, singelas: Quando esse dinheiro virá e, principalmente, onde será aplicado.

Problemas não faltam. O salário dos professores, péssimo. A formação, pior. A infraestrutura, precária e precarizada. A tecnologia, incipiente. A eficiência do aprendizado, risível. O desempenho frente aos parâmetros internacionais, patético.

Os problemas são tantos que nem parece um descalabro a informação de que 38% dos estudantes universitários brasileiros são analfabetos funcionais. Imaginem, tantas leituras na faculdade, muitas em língua estrangeira e os rapazes e moças catando letras e torcendo frases, sem entenderem patavinas! Uma tristeza.

Dinheiro agora não faltará. Talvez, quem sabe. Mas dinheiro há – o Brasil aplica 6,1% do PIB em Educação, o que nos coloca no patamar de muitas nações desenvolvidas – e ainda não aconteceu nada de realmente surpreendente. Mais dinheiro pode fazer a diferença? Talvez, talvez. Mas penso que há muitas perguntas a serem respondidas antes desse dinheiro encarnar em projetos e salários.

Como muita gente pensa sobre esse assunto, deixarei de minha lavra apenas uma dessas perguntas: Precisa de tanto dinheiro para gerar aprendizado ou o que falta é algo que nem custa nada: Mudar as perguntas sobre como se ensina no Brasil?

 

 

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