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A Assembleia retomou suas atividades pós carnaval anunciando a formação das comissões parlamentares para analisar os polêmicos projetos do Poder Executivo de cortes orçamentários.A Assembleia também publicou o “custo” da permanência dos professores em suas instalações: algo em torno de 50 mil reais.

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E a greve continua. E os alunos e os pais dos alunos na expectativa. Sem perspectiva.

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Nessa “barriga” de não há mais ocupação mas ainda não há sinal de solução, como devem proceder os professores? Se voltarem agora para a sala de aula, terá sido um esforço vão? Se não quiserem apresentar um ar de “derrota”, quando o farão?

Não há prazo para votar as medidas do governo, cuja negociação é lenta e enrolada. Não há, igualmente, garantia de que o resultado da votação contemplará as demandas dos professores que, por serem muitas, sempre amargarão derrotas e fruirão êxitos.

E mais: mesmo que por hipótese o governo aceitasse todas as exigências dos professores e o retorno às aulas fosse coroado que imenso sucesso, isso resultaria em uma melhoria na educação pública do Paraná? Pois que os professores não estão brigando para não perder as conquistas que amealharam em décadas de outras lutas? E face a  isso, se vencerem, a vitória não será apenas uma equação de soma zero?

A maior gravidade da greve é que parar as escolas, mobilizar a categoria, acampar – depois de invadir –  a Assembleia, tudo isso visa apenas manter o que sabemos estar longe de  ser bom em termos de Educação. Portanto não há perspectiva de melhora, pois que as exigências visam manter conquistas e ainda é tudo muito raso. Os professores lutam para não se afogarem na Cantareira da educação. Pedem de copinho quando precisamos de chuva torrencial de recursos e competência na gestão pública. Quase risível. Não é. Nem riso amarelo é próprio nessa situação.

O pior é a crônica anunciada: a  miopia dos gestores públicos em relação à educação ainda vai doer em todos. Tratar a greve como um fim para alguma coisa também. Essa é uma luta de derrotados. A diferença será apenas saber em qual campo jazerão mais cadáveres. No momento, são os lares de crianças e jovens sem aula. Logo eles serão cidadãos. E aí é a democracia que vai sangrar. De novo.

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