Sabe o que tem em Cannes durante o maior festival de marketing e marcas do mundo? Tem criativo, planejamento, mídia, atendimento, celebridade, milionário, artista, cliente e fornecedor, o cara que inventou o Guitar Hero, ganhador de Oscar, historiador, psicólogo, cientista e tem gente normal. Sim, tem muita gente. Sabe por quê? Porque tudo que se discute aqui é sobre como as marcas encantam, se conectam e viram parte da vida das pessoas. Gente como a gente, eu, você, seu filho. São 7 dias de apresentações sobre o que foi feito, o que está sendo feito e o que nossas cabeças vão precisar inventar para nos mantermos vivos e ativos nessa babel chamada marketing. Ninguém aqui mais fala em on-line ou off-line de forma separada, o que importa é quão profundo cada case consegue entrar na vida de seus consumidores. Mas no fundo, o Festival de Criatividade de Cannes parece uma grande terapia coletiva e inspiradora. Uma espécie de PA (Publicitários Anônimos). Ora falam sobre problemas (dos outros), ora sobre vitórias (suas). Mas já faz 4 anos que o storytelling (arte de contar histórias) e as pessoas dominam Cannes. E daqui se espalham pelo mundo afora, de Bangladesh a Beverly Hills. Na palestra da última quinta, Will.I.Am, líder do Black Eye Peas e colaborador de uma gigante da informática, falou coisas muito interessantes sobre como a tecnologia, por incrível que pareça, está deixando as coisas mais humanas. Pois é, na hora também foi difícil de engolir, mas ele continuou dizendo que na noite anterior havia tocado para 80 mil pessoas e o que lhe marcou foi que, bem em frente ao palco, três mulheres filmavam alucinadamente a performance da banda. Uma tinha uns 60, outra uns 40 e a outra menos de 20. Cada qual à sua maneira, elas estavam documentando uma experiência muito importante e também muito diferente. Detalhe: eram mãe, vó e filha. Ou seja, gente e storytelling novamente.
Notas
Da China
A nova ênfase na criatividade aliada à cultura milenar vai colocar a China numa posição de destaque em breve no Festival de Cannes. Até agora são apenas 15 Leões, mas a delegação é grande e o investimento em marketing também. É a ação de relacionamento feita pela delegação dentro do Palais fez muito sucesso: combina uma pesquisa sobre o uso pessoal dos meios de comunicação e a análise do nome para identificar a personalidade baseada nos arquétipos chineses.
Interatividade total
Todos os delegados podem ver as peças dos shortlists da competição em quiosques interativos montados na área principal do Palais. Cada case apresenta as imagens junto com um descritivo que contém o problema, a solução e os resultados.
Quem quer?
Quem quiser pode adquirir as réplicas das estatuetas do famoso Leão na loja do festival, entre outras diversas lembranças. Goste-se ou não do evento, há que se reconhecer a competência no marketing e eficiência na organização em todos os detalhes.
Bons de futebol
Além de 26 Leões, o Brasil ganhou também nesta quarta-feira o campeonato de Futebol disputado pelos jovens criativos. O melhor: a vitória foi sobre a Argentina, em uma disputa de pênaltis.
Holandeses
Já é tradição: todos os anos, os jovens publicitários da Holanda, que participam do Young Lions, vão a Cannes com um ônibus decorado especialmente para o evento. E fazem, sempre, muita festa.
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