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O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) tem sido uma das principais figuras públicas no auxílio às vítimas dos deslizamentos e alagamentos causados pelo temporal que atingiu a cidade de Ipatinga, no Leste de Minas Gerais, no último domingo (12). O desastre, que resultou em soterramentos e destruição de residências, levou a prefeitura do município a decretar estado de emergência por 180 dias. Em entrevista exclusiva à coluna Entrelinhas, o parlamentar detalhou as ações que estão sendo tomadas para aliviar os danos à população.
"Em nosso gabinete, fazemos um trabalho de levantamento de municípios que sofrem anualmente no período chuvoso", explicou Ferreira, destacando o foco em cidades vulneráveis a enchentes e deslizamentos. Em relação ao caso específico de Ipatinga, Ferreira informou que o gabinete oficiou as autoridades estaduais, como o governo do Estado, a Defesa Civil e o Exército, solicitando apoio para a limpeza da cidade, além da localização de pessoas e animais soterrados. "Também mobilizamos a Cruz Vermelha e parlamentares para arrecadar doações de itens essenciais como água, colchões e alimentos", afirmou, destacando que está com “uma equipe de voluntários que se deslocam pela cidade colhendo demandas”.
O deputado também destinou R$200 mil para a saúde de Ipatinga, recursos que, segundo ele, poderão ser utilizados na recuperação da UPA local, que perdeu muitos equipamentos durante as inundações. Além disso, Ferreira protocolou uma solicitação ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, buscando o reconhecimento do estado de calamidade, o que permitiria o acesso ao FGTS para a população afetada.
Em comparação com o que ocorreu no Rio Grande do Sul, Ferreira destacou as diferenças nas causas dos desastres. "No Rio Grande do Sul, as chuvas foram resultado de uma combinação de fatores, como a massa de ar quente e o fenômeno El Niño", explicou o deputado, referindo-se à catástrofe climática que afetou o estado. Em Minas Gerais, as chuvas intensas são exacerbadas pela falta de manutenção nas barreiras de contenção e diques de escoamento, o que contribui para o alagamento de áreas vulneráveis.
Além disso, Ferreira relatou ações preventivas em Belo Horizonte, onde destinou R$ 350 mil para a manutenção da Defesa Civil local, que tem um papel crucial na prevenção de desastres em toda a região metropolitana. "A Defesa Civil tem feito um excelente trabalho de prevenção, mas é preciso continuar os esforços para reduzir os danos nas áreas mais afetadas", concluiu.