O jornalista Allan dos Santos retomou sua presença na plataforma X, antigo Twitter, após suas contas anteriores serem bloqueadas por decisões judiciais do ministro Alexandre de Moraes. Em menos de 24 horas, a nova conta de Allan no X atinge a marca de 20 mil seguidores.
Entre as primeiras postagens nessa nova conta, Allan declarou apoio à candidatura de Marina Helena (Novo-SP) para a prefeitura de São Paulo e chamou de “traição" a postura da advogada Karina Kufa, que esteve presente no lançamento do livro do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.
Entre outros criticados por Allan nessas primeiras postagens, estão o jornalista Kim Paim e o ministro do STF André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro. Paim foi alvo de críticas por ter confessado a Allan que se arrependeu de apoiar os presos de 8 de janeiro, enquanto Mendonça foi questionado sobre ser fotografado sorrindo ao lado de Alexandre de Moraes durante a reunião do “acordão sobre as emendas” entre o STF e o Congresso, ocorrida na última terça-feira (21).
O jornalista ainda demonstrou solidariedade a Paulo Figueiredo, cuja entrevista com o candidato a prefeito Pablo Marçal foi cancelada devido à recusa de Marçal em responder a perguntas sobre Alexandre de Moraes. Allan condenou a atitude, afirmando que "Marçal poderia simplesmente não responder sobre Moraes" e que "Marçal não queria uma entrevista, mas um 'trabalho' de camaradagem".
Além disso, Allan intensificou sua campanha contra o STF, solicitando apoio ao abaixo-assinado pelo impeachment de Moraes, endossando as críticas do advogado constitucionalista André Marsiglia, que apontou irregularidades no manejo de investigações sigilosas pela Corte. Marsiglia destacou que "não é o chicote que tem de recuar, mas a mão que chicoteia", argumentando que o problema não se restringe a inquéritos específicos, mas sim à jurisprudência criada para justificar tais ações. Allan compartilhou essa visão, reforçando a necessidade de uma revisão completa das práticas adotadas pela Suprema Corte brasileira.
O retorno de Allan dos Santos ao X ocorre em um contexto de crescente repressão à liberdade de expressão no Brasil, intensificado após a Folha de S. Paulo divulgar ameaças contra ele, incluindo planos de sequestro.
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