A coluna Entrelinhas entrevistou Angela Gandra, nova secretária de Relações Internacionais do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Advogada e filha do renomado jurista Ives Gandra Martins, Angela já foi secretária nacional da Família no governo de Jair Bolsonaro (PL). Durante sua gestão anterior, foi apontada como figura-chave em articulações internacionais contra o aborto, incluindo iniciativas relacionadas ao Consenso de Genebra e ao impacto da decisão da Suprema Corte dos EUA sobre a legislação de aborto nos estados americanos.
Apesar do histórico em defesa da vida, Angela afirmou que a pauta não integra suas funções na secretaria municipal: “Na minha pasta, não há essa articulação”. A secretária reforçou que seguirá focada em sua atuação técnica e internacional. “Eu posso defender [a vida] sempre através do que me for solicitado ou perguntado, mas não através do governo que hoje componho”, esclareceu. Angela ressaltou que questões como segurança alimentar e exportação estão no centro de sua nova missão, alinhada ao que desenvolveu anteriormente na Federação de Agricultura de São Paulo.
Angela também respondeu a críticas recebidas por grupos que a acusam de usar o cargo para promover pautas pessoais. Considerou os ataques “antidemocráticos” e defendeu sua postura técnica e jurídica. “Minha conduta é de uma advogada que conhece a legislação e também direitos humanos. Entendo a vida como o primeiro direito humano”, destacou.
Sobre sua nomeação, Angela enfatizou a confiança do prefeito Ricardo Nunes em suas competências técnicas. “Eu estou aqui por essa tecnicidade em relação à agenda internacional. O prefeito tem sido muito delicado e me convidou pelas minhas habilidades, não por uma pauta específica sobre a vida”, afirmou.
Ao refletir sobre suceder Marta Suplicy (PT) na secretaria, Angela pontuou que busca "dar continuidade ao que é bom" e "sempre visar o bem comum". “A Marta teve o seu tempo de gestão, agora eu chego em outro momento”, concluiu.
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