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Após a explosão de uma bomba na Praça dos Três Poderes, em Brasília, que resultou na morte de um homem na noite desta quarta-feira (13), a deputada federal Dra. Mayra Pinheiro (PL-CE) criticou o governo Lula pelo que considera um abandono da política de saúde mental implementada durante a gestão de Bolsonaro. Em contato com a coluna Entrelinhas, Dra. Mayra afirmou que o atual governo deixou de dar continuidade à Política Nacional de Prevenção à Automutilação e ao Suicídio (PNPAS), “essencial para enfrentar a crise de saúde mental que acomete 70 milhões de brasileiros”. Segundo a deputada, a situação tem sido agravada pela tentativa, por “canais de esquerda aparelhados”, de usar o suicídio ocorrido no atentado para atacar o Partido Liberal (PL) e os presos políticos relacionados aos eventos de 8 de janeiro.
Dra. Mayra enfatizou que o governo Bolsonaro implementou a PNPAS com ações interministeriais e comitê gestor, visando enfrentar o aumento de suicídios no país. Para a deputada, o governo Lula, ao abandonar esse programa, está deixando uma população vulnerável sem assistência adequada, em um cenário onde o suicídio é “uma epidemia no mundo e é uma epidemia hoje no Brasil”. Como resposta, Dra. Mayra informou que protocolou uma denúncia no Ministério Público Federal (MPF) para investigar o desmantelamento dessa política e responsabilizar o governo por negligência.
A parlamentar também criticou o Judiciário por decretar a saída de pacientes com doenças psiquiátricas de manicômios judiciários, afirmando que essa decisão põe em risco a segurança pública. Segundo ela, o Sistema Único de Saúde (SUS) não tem oferecido suporte suficiente para pessoas com transtornos mentais, intensificando o agravamento da crise de saúde mental. “Estamos diante de um país que precisa urgentemente discutir essa questão e dar prioridade ao bem-estar mental da população”, avaliou.
A deputada, que também é médica, alertou sobre o “ambiente de medo” que contribui para o sofrimento psicológico generalizado. Ela enfatizou que, sem liberdade e segurança, o Brasil se torna “uma panela de pressão”, o que, segundo ela, eleva o risco de suicídios e autoagressão. A deputada chamou atenção para a necessidade urgente de políticas públicas que reduzam esses fatores de vulnerabilidade e garantam uma assistência efetiva.
Dra. Mayra ainda destacou que o governo Lula não apresenta dados ou registros que comprovem a continuidade da PNPAS. Em uma representação ao procurador-geral da República, a parlamentar classificou como “impensável” a falta de ações coordenadas no campo da saúde mental, ainda mais diante da situação delicada enfrentada pela população no contexto pós-Covid-19.
Conteúdo editado por: Mariana Braga