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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União-GO), sancionou neste mês a concessão da cidadania goiana ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino de Castro e Costa. A honraria foi proposta pelos deputados estaduais Bruno Peixoto (União-GO), que é líder do governo caiadista na Assembleia Legislativa de Goiás, Dr. George Morais (PDT-GO) e Talles Barreto (União-GO). Apenas o deputado estadual Amauri Ribeiro (União-GO), que também é do partido do governador, votou contra a concessão.
Tendo militado no Partido Comunista do Brasil (PcdoB), Dino foi juiz de direito e renunciou à carreira no Judiciário para se dedicar à política, governando o Maranhão por duas gestões e servindo como senador e ministro da Justiça, antes de ser nomeado ao STF. Embora haja divergências ideológicas entre os dois, Caiado e Dino mantiveram uma relação institucional respeitosa durante o período em que trabalharam juntos na Câmara Federal. “Fui colega dele durante oito anos na Câmara dos Deputados, eu como relator, ele como participante da Comissão da Reforma Política. Nós debatemos muito o assunto e quase conseguimos uma aprovação”, rememorou o governador sobre o atual ministro quando o prestigiou no dia de sua posse no STF, ocasião em que Caiado afirmou também que, caso fosse senador, teria votado favoravelmente à nomeação do ministro.
Ronaldo Caiado concedeu recentemente uma honraria ao decano do STF Gilmar Mendes. Em agosto deste ano, ele entregou a Comenda da Ordem do Mérito Anhanguera ao ministro, destacando suas decisões, que permitiram a inclusão de Goiás no Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A homenagem gerou críticas nas redes sociais. O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) manifestou seu descontentamento, criticando a postura política do governador ao pretender ser “o candidato da ‘direita’ a presidente do Brasil”. Gayer ainda disse que Caiado "é mais um Doria, só que um pouco mais perigoso".
Conteúdo editado por: Mariana Braga
