Após jantar com Moraes, Hugo Motta nega existência de perseguição política no Brasil. O programa Entrelinhas desta quinta-feira (20) repercute as falas do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que afirmou nesta quarta-feira (19) que não existem perseguições políticas, nem presos ou exilados políticos no Brasil. Motta discursou durante a sessão solene em homenagem aos 40 anos da redemocratização do Brasil.
“Nos últimos 40 anos, não vivemos mais as mazelas do período em que o Brasil não era democrático. Não tivemos jornais censurados, nem vozes caladas à força. Não tivemos perseguições políticas, nem presos ou exilados políticos. Não tivemos crimes de opinião ou usurpação de garantias constitucionais. Não mais, nunca mais”, disse Motta.
A declaração do presidente da Câmara ocorre um dia depois de o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se licenciar do mandato para morar nos Estados Unidos e evitar ser alvo de “perseguição política” no Brasil.
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Após jantar com Moraes, Hugo Motta nega existência de perseguição política no Brasil
No próximo dia 25, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se torna Bolsonaro réu por suposta tentativa de golpe de Estado. O ex-mandatário nega qualquer irregularidade. Motta destacou que “os últimos 40 anos não transcorreram sem desafios, sem lutas e sem novos aprendizados”.
“Se hoje vivemos em uma Nação onde a liberdade de votar e ser votado é um direito assegurado, onde a expressão de ideias e pensamentos é livre e onde o poder emana do povo, devemos isso a homens e mulheres que não se acovardaram diante de um dos períodos mais desafiadores deste País”, destacou o parlamentar.
Motta homenageou Tancredo Neves, que foi um dos líderes da campanha “Diretas Já” e eleito pelo Colégio Eleitoral para assumir a presidência da República em 1985. Tancredo morreu sem tomar posse e foi substituído por seu vice, José Sarney, que também foi homenageado durante a sessão.
Brasil "pode ser a luz no caminho" em meio a escuridão, diz Barroso
O evento contou com a participação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, entre outros. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, saudou a presença de Sarney na solenidade, como “símbolo vivo da civilidade, gentileza e afetividade”.
“Nesse momento em que há escuridão no horizonte global, nós podemos ser as luzes do caminho. Tenho muita fé no Brasil e creio que com integridade, civilidade e competência, temos tudo para sermos a sensação do mundo. Democracia sempre”, disse Barroso.
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