| Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
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A deputada federal Bia Kicis (PL-DF), líder da minoria na Câmara dos Deputados, enviou um ofício à Arquidiocese de Belém pedindo explicações sobre a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Círio de Nazaré. O presidente, durante a tradicional romaria fluvial, carregou a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, o que gerou controvérsias, especialmente após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ter sido proibido de fazer o mesmo em 2022. Na época, a Arquidiocese justificou a decisão afirmando o compromisso de manter o evento religioso isento de conotação política.

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Bia Kicis questiona a discrepância de tratamento entre os dois presidentes, ambos ocupantes do mesmo cargo eletivo, mas com ideologias distintas. Segundo a parlamentar, é necessário que existam "critérios claros e rigorosos sobre quem pode ou não tocar na imagem sagrada", apontando que apenas membros do clero deveriam ter essa permissão. Ela defende que o manuseio da imagem deve ser restrito para preservar o respeito e a reverência à tradição religiosa.

A deputada também expressou preocupação sobre a possível exploração política do evento, destacando que a participação de autoridades em atos religiosos deve seguir regras para garantir a manutenção do caráter sagrado do Círio. "Gostaria de entender quais critérios serão adotados para a participação de autoridades nas próximas romarias", afirmou Kicis, solicitando ainda que medidas sejam tomadas para evitar o uso político da imagem de Nossa Senhora de Nazaré.

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Até o momento, a Arquidiocese de Belém não respondeu ao pedido da deputada nem esclareceu se houve mudanças nas regras para a participação de autoridades no evento. A Gazeta do Povo contatou a Arquidiocese para entender se a atitude de permitir que Lula carregasse a imagem foi uma exceção ou uma alteração nas diretrizes. O espaço permanece aberto para uma resposta oficial.