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Durante uma entrevista coletiva na noite desta segunda-feira (25), o ex-presidente Jair Bolsonaro destacou o inquérito 1361/2018, aberto em novembro daquele ano pela então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber. Bolsonaro declarou que, embora nenhum partido tenha contestado sua vitória nas eleições daquele ano, o tribunal questionou o resultado. A Gazeta do Povo noticiou, no início de 2022, que o inquérito 1361 se refere a um ataque hacker sofrido nos sistemas internos do TSE antes das eleições de 2018.
“Eu não sabia. Fiquei sabendo três anos depois que foi questionada a minha eleição”, disse Bolsonaro, destacando a agilidade com que o caso foi tratado. “Na primeira semana, o encarregado do inquérito, o delegado da Polícia Federal, colheu informações dentro do TSE”, acrescentou. O ex-presidente explicou que só tomou conhecimento do inquérito em 2021, quando a Câmara dos Deputados, ao debater a PEC do Voto Impresso, requisitou cópias do documento e as distribuiu aos parlamentares.
Bolsonaro também criticou a mudança na composição da comissão que analisava a PEC, fato que, segundo ele, contribuiu para a rejeição da proposta. Ele ainda mencionou que, após apresentar o inquérito a embaixadores, o documento foi reclassificado como confidencial, o que inviabilizou sua divulgação. “Eu não vou ser esse criminoso de falar para vocês o que está lá dentro”, destacou. Classificando as informações do inquérito como “horripilantes”, Bolsonaro incentivou a imprensa a recorrer à Lei de Acesso à Informação (LAI) para obter o conteúdo do documento. Segundo ele, a divulgação dos dados seria essencial para fortalecer a confiança no sistema eleitoral brasileiro.
Conteúdo editado por: Mariana Braga