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Bolsonaro sugere salário mínimo de R$10 mil e critica PEC 6×1
| Foto: Desirée Peñalba/ Gazeta do Povo

Na posse de Eduardo Bolsonaro como Secretário Nacional de Relações Institucionais e Internacionais do Partido Liberal (PL), na quarta-feira (13), o ex-presidente Jair Bolsonaro alertou os parlamentares sobre a estratégia da esquerda de trazer à tona a pauta da redução da jornada trabalhista, comparando essa abordagem com as narrativas utilizadas pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em 2002. Ele relembrou que, na época, o PT usou pautas para tachar adversários como “inimigos do trabalhador”, uma manobra que “pegou” e teve efeitos políticos duradouros. Segundo Bolsonaro, a PEC 6x1, que propõe uma redução da jornada de trabalho, é mais uma tentativa da esquerda de “jogar um contra o outro, como empregado contra patrão”.

Em resposta a essa pauta, Bolsonaro sugeriu que os parlamentares presentes provocassem o governo Lula ao sugerir, com ironia, um salário-mínimo de R$10 mil reais, destacando o exagero que, segundo ele, se aplicaria também à proposta de redução de jornada. Ele ainda relembrou a confusão causada pela PEC 300 de 2016, que trouxe debates acirrados sobre flexibilizações trabalhistas, apontando que, à época, os críticos dessa proposta enfrentaram uma reação pública intensa.

O ex-presidente foi recebido com aclamações de "Volta, Bolsonaro" pela plateia, composta em sua maioria por apoiadores e parlamentares do PL. Bolsonaro aproveitou a ocasião para reforçar a importância da atuação do partido, afirmando que “o PL deixou de ser geleia” e destacando a força da sigla entre o eleitorado feminino, algo que ele atribuiu ao trabalho do PL Mulher. Segundo o ex-presidente, a legenda “segue a mesma linha antes e depois das eleições”.

Ele ainda criticou a atuação de setores da direita que ele apelidou de “intergalácticos” — parlamentares que, segundo ele, buscam uma postura “limpinha” e rejeitam alianças com o centro político. “Com toda certeza, alguém pode ter uma ideia melhor do que a minha”, afirmou, sugerindo o diálogo para evitar enfrentamentos públicos sobre estratégias contrárias. Nas palavras do ex-presidente, é preciso “resolver com inteligência, audácia e jogando o jogo”. Bolsonaro também pediu que os congressistas da legenda “deixem de ser zumbis no Congresso” e trabalhem para que o PL assuma posições mais estratégicas.

Conteúdo editado por:Mariana Braga
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