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Notas sobre política e variedades. Edição: Mariana Braga (marianam@gazetadopovo.com.br)

“Maior inimigo de Evo Morales”, conservador lança candidatura à presidência da Bolívia no CPAC

Conservador da Bolívia lança candidatura no CPAC e promete libertar presos políticos
No CPAC Brasil 2024, Eduardo Bolsonaro afirma que evento reverberá onda conservadora: "nós voltaremos ao poder”. (Foto: André Luiz Corrêa/Gazeta do Povo)

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Neste domingo (7), durante o CPAC Brasil 2024, o empresário Branko Marinković lançou a pré-candidatura à presidência da Bolívia e afirmou que libertará todos os presos políticos se chegar ao cargo. Essa não é a primeira vez que ele participa do evento fundado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e Marinković se tornou uma espécie de símbolo da resistência conservadora na América Latina.

Dono de uma das maiores fortunas da Bolívia, Marinković tem origem croata - seu pai fugiu da Segunda Guerra Mundial e chegou à Bolívia em 1945 - e é alvo de uma série de denúncias do governo de Evo Morales, entre elas a de que seu patrimônio é fruto de roubo de terras dos indígenas Guarayno.

Chamado no CPAC de "maior inimigo de Evo Morales", Marinjović fundou e presidiu o "Comitê Cívico de Santa Cruz", acusado de financiar organizações de oposição ao governo de Morales. Ele fugiu da Bolívia em 2009 e foi morar no Brasil, ganhando o status de refugiado apenas durante o governo de Michel Temer.

Marinković foi absolvido na justiça boliviana em várias acusações de terrorismo e corrupção após a renúncia de Morales e durante a presidência da opositora Jeanine Áñe. Além disso, ele obteve vitórias na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e no Tribunal Constitucional Plurinacional (TCP), como a aceitação de denúncias de perseguição política por Evo Morales e a posse de 33 mil hectares de terra.

Ainda assim, em abril de 2024 ele foi detido em um aeroporto em Buenos Aires e só pôde partir quando os agentes de Imigração verificaram que o seu nome não estava na lista dos registros da Interpol França. Na ocasião, Marinjović afirmou que processaria penalmente o diretor da Interpol na Bolívia por não cumprir a ordem judicial que o inocentou das acusações feitas pelo governo de Evo Morales.

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