| Foto: EFE/Pedro Filho
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Em entrevista publicada, hoje (5), no jornal O Globo, o ex-procurador da Lava-Jato Carlos Fernando dos Santos negou que existissem abusos na condução da operação. Porém, reconhece que o Ministério Público errou ao acreditar que sustentaria uma investigação com a amplitude da Lava Jato diante da pressão política. “Achamos que o Ministério Público teria condição de sustentar uma investigação desse tamanho. Hoje tenho a impressão de que em nenhum país você sustenta uma investigação tão gigantesca.”

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De acordo com Carlos Fernando houve uma mudança legislativa muito forte que acarretou em uma campanha de intimidação de procuradores da República e até de juízes. “O ponto de virada aconteceu na noite do acidente da Chapecoense, quando o (então presidente da Câmara) Rodrigo Maia destruiu as 10 medidas contra a corrupção. A partir desse momento, eles perceberam que poderiam fazer o que quisessem e nos vimos diante de uma pressão enorme. Foram sendo destruídos pouco a pouco os instrumentos legislativos e as decisões judiciais”.