O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pode ser alvo de uma acusação de prevaricação, com possível pena de prisão, caso não dê prosseguimento ao pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A sugestão partiu do jurista e apresentador Thiago Pavinato e foi prontamente apoiada pelo senador Cleitinho (Republicanos-MG).
Em seu discurso no plenário, Cleitinho sublinhou a necessidade de investigar Moraes, que, segundo ele, desde janeiro de 2023 vem conduzindo investigações contra patriotas e parlamentares, motivo pelo qual também deve ser investigado. O senador destacou que Pacheco não tem o direito de obstruir o andamento do processo, lembrando que sua eleição ao Senado por Minas Gerais visou, entre outros objetivos, impedir que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT-MG) conquistasse uma cadeira na Casa e que, portanto, a direita havia ajudado a elegê-lo.
Em resposta à coluna Entrelinhas, Cleitinho revelou que os senadores oposicionistas se reuniram na tarde desta terça-feira (3) e continuam a recolher assinaturas para robustecer o pedido de impeachment, que será oficialmente apresentado à Mesa Diretora na próxima segunda-feira (9). Ele ainda informou que estão aguardando uma nota técnica da consultoria legislativa do Senado para determinar o rito apropriado, considerando a proposta de Pavinato.
O movimento de oposição ao governo Lula, impulsionado pela decisão de Moraes de suspender as atividades do X no Brasil, intensificou os esforços para responsabilizá-lo por crimes de responsabilidade, colocando Pacheco em uma posição delicada, caso ele opte por não avançar com o processo de impeachment.
Os opositores pretendem formalizar as acusações contra Moraes e também submeter à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma solicitação de investigação contra Pacheco por prevaricação, caso ele obstrua o andamento do impeachment. Enquanto isso, a decisão de Moraes de suspender o Twitter/X foi ratificada pela Primeira Turma do STF, reafirmando a autoridade do ministro e de seus colegas na Suprema Corte.
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